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Vitória de Trump contrata salto do dólar e dos juros futuros no Brasil
O forte ajuste observado nos mercados internacionais na manhã desta quarta-feira, na esteira da vitória do republicano Donald Trump na eleição presidencial dos Estados Unidos, aponta para uma manhã de movimentações bastante intensas no mercado doméstico.
O exterior contrata uma alta bastante expressiva do dólar contra o real, na esteira do observado em outros mercados emergentes.
Ao mesmo tempo em que os juros futuros também devem subir, ao serem afetados pelo câmbio e, também, pela disparada dos rendimentos dos Treasuries de longo prazo.
Por volta de 8h40, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar contra uma cesta de outras seis moedas principais, operava em alta de 1,76%, aos 105,241 pontos.
Entre os mercados emergentes, o dólar subia 0,93% ante o peso chileno; saltava 2,04% em relação ao rand sul-africano; subia 1,54% frente ao yuan (offshore); e disparava 2,94% contra o peso mexicano.
Haddad pressionado após vitória de Trump
A eleição de Trump, que, pelas indicações das bolsas de apostas, deve ser acompanhada por uma liderança republicana na Câmara dos Representantes e no Senado, configurando uma “red sweep”, adiciona pressão sobre o governo diante de um mercado já bastante ansioso pelo pacote de cortes de gastos prometido pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
O plano de contenção de despesas, assim, deve ser observado com atenção pelos investidores e pode adicionar ainda mais volatilidade aos mercados domésticos nesta quarta-feira.
A agenda do dia reserva, ainda, a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. É esperada uma aceleração do ritmo de elevação da Selic para 0,5 ponto percentual. A comunicação e a indicação do comitê em relação aos próximos passos são os pontos principais de atenção dos agentes.
Com informações do Valor Econômico
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