Varejistas puxam baixa do Ibovespa após inflação superar expectativas; dólar sobe

O IBGE informou hoje que o IPCA-15 de outubro, prévia da inflação oficial do país, registrou uma alta de 1,2% nos preços, quando a expectativa era de 0,97%

Foto: André Luis Ferreira/Fotoarena/Agência O Globo
Foto: André Luis Ferreira/Fotoarena/Agência O Globo

As ações de varejistas como as Lojas Americanas e a Via, que controla as redes Casas Bahia e Ponto Frio, têm as maiores quedas da Bolsa brasileira B3 pelo duplo medo que a alta da inflação provoca. Primeiro, de que a alta de preços deixe o orçamento do consumidor mais curto para fazer compras. Segundo, de que o Banco Central brasileiro seja obrigado a aumentar ainda mais os juros para tentar domar o dragão.

O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de outubro, divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta manhã, ficou muito acima das expectativas: 1,2%, contra a previsão média do mercado financeiro de 0,97%. No acumulado de 12 meses, chega a 10,34%. O IPCA-15 é uma espécie de prévia do IPCA, o índice oficial de inflação do país.

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Às 11h31, os papeis das Lojas Americanas caíam 4,5%, para R$ 32,72. Os da Via recuavam 4,4%, para R$ 4,78. O Ibovespa perdia 1,3%, aos 107.323 pontos. O dólar comercial avançava 0,2%, vendido a R$ 5,566, e o turismo tinha alta de 0,4%, a R$ 5,733.

Os analistas de mercado esperavam que o pico de aumento de preços tivesse ficado para trás, em setembro, e que a inflação passasse a desacelerar de agora em diante. Não é o que está acontecendo. Nesta terça (26), o Copom (Comitê de Política Monetária do BC) dá início à sua reunião de dois dias para discutir os rumos da taxa básica de juros da economia, a Selic. Até ontem, o mercado projetava, em média, um aumento de 1,5 ponto percentual na taxa, para 7,75% ao ano.

Nesse cenário, os ativos de renda fixa são beneficiados, já que os seus rendimentos aumentam.

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