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Mercado hoje: Ibovespa se desgruda de NY, sofre com a Vale e perde os 118 mil pontos
Em mais um dia de agenda fraca, o Ibovespa se arrastou com baixo giro de negociações até fechar o pregão aos 117.841 pontos, em queda de 0,32%, muito impactada pelo desempenho ruim de Vale (VALE3) e Petrobras (PETR3 e PETR4). Com o resultado, o índice passou ao terreno negativo no acumulado de julho, em queda de 0,14%.
Em Nova York, os mercados registraram mais um dia de ganhos, com Dow Jones, S&P e Nasdaq em altas de 1,06%, 0,71% e 0,76%, respectivamente. Já o dólar ficou praticamente estável, com leve alta de 0.05%, cotado a R$ 4,808.
Na renda fixa, os juros futuros recuaram em todos os vencimentos, com o DI para janeiro de 2024 a 12,76% – de 12,79% no ajuste anterior-, e o DI para 2027 a 10,16%, de 10,24 do pregão da véspera.
Bolsa perdeu os 118 mil pontos
A terça-feira, a exemplo da segunda, foi marcada por uma agenda vazia de indicadores econômicos, o que levaria o investidor a supor que os ativos seguissem predominantemente o movimento do exterior. Foi assim uma parte do dia, até que, principalmente na da segunda metade do pregão para a frente, o desânimo em torno das grandes companhias do Ibovespa, produtoras de commodities, contaminasse todo o índice.
Com dúvidas sobre a recuperação da China, gigante importador de insumos, Vale (VALE3) fechou o dia em queda de 0,63%, comercializada a R$ 67,42, e os papeis da Petrobras, PETR3 e PETR4, fecharam em baixa de 0,86%, a R$ 32,28 e 0,55% (R$ 28,83) respectivamente.
Por outro lado, as ações do setor de educação, varejo e construção subiram, por serem mais sensíveis aos juros e ligadas à atividades domésticas. Elas geralmente se saem bem em dia de fechamento de curva de juros.
O setor de educação lidera o ranking positivo. A Yduqs (YDUQ3) avançou 7,11%, a R$ 20,35, e Cogna (COGN3) ganhou 3,76%, a R$ 3,31. Em seguida, Alpargatas (ALPA4) subiu 4,04% (R$ 9,27) e MRV (MRVE3) avançou 2,49%% (R$ 13,56).
Melhores e piores ações da bolsa nesta terça-feira
A lista das cinco melhores e piores ações da Bovespa contempla todas as ações da B3 com movimentação de mais de R$ 1 milhão no dia e foi atualizada às 17h20, podendo haver alterações.
Melhores ações da Bolsa
Enjoei (ENJU3): + 11,72%
Estapar (ALPK3): + 9,37%
Brisanet (BRIT3): + 9,36%
Ser Educacional (SERR3): + 7,91%
Yduqs (YDUQS3): + 7,11%
Piores ações da Bolsa
Sequoia (SEQL3): – 4,55%
Azevedo (AZEV4): – 4,52%
JBS (JBSS3): – 2,88%
Ultrapar (BRPR3): – 2,13
Mafrig (MRFG3): – 2,04
Helbor (HBOR3): – 1,68%
Bolsas americanas: mais um dia de alta
Os índices acionários norte-americanos ampliaram os ganhos e renovaram máximas na última hora de negócios, com o Dow Jones em alta de 1,06%, aos 34.951 pontos, o S&P 500 subindo 0,71%, aos 4.555 pontos e Nasdaq 0,76%, aos 14.353 pontos.
Ações de tecnologia, especialmente as ligadas à área de inteligência artificial, são destaque positivo, assim como papéis do setor financeiro. Chama a atenção sobretudo o avanço de quase 10% de Western Alliance, refletindo expectativa positiva com o balanço do segundo trimestre que sai depois do fechamento, num dia que começou com o resultado do Bank of America e Morgan Stanley superando as estimativas.
Bolsas na Europa em alta
Os mercados acionários da Europa fecharam em alta após balanços de bancos americanos.
Em Frankfurt, o índice DAX fechou em alta de 0,35%, a 16.125,49 pontos. O CAC 40, em Paris, avançou 0,38%, a 7.319,18 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, fechou em alta de 0,34%, a 28.706,76 pontos. Já em Madri, o índice Ibex 35 subiu 0,25%, a 9.461,40 pontos. Na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 subiu 0,61%, a 6.053,66 pontos. As cotações são preliminares. Em Londres, o FTSE 100, subiu 0,64%% a 7.453,69 pontos.
Dólar fechou em alta leve
O dólar alternou perdas e ganhos durante toda a sessão, mas no fim se alinhou ao exterior, onde a moeda americana subiu levemente ante seus principais pares, embora tenha perdido a força no fim de tarde, numa sessão também de agenda vazia para o câmbio.
O índice dólar (DXY), que chegou a voltar aos 100 pontos, subiu a 99,938, em alta de 0,10%. Lá fora, os números abaixo do esperado da produção industrial e do varejo nos EUA chegaram a aliviar o dólar, enquanto reforçaram a expectativa pelo fim do ciclo de alta de juros no país.
Mas os bons balanços do Morgan Stanley e do BofA, mais dados positivos do mercado imobiliário, mantiveram a perspectiva de um pouso suave da economia americana e deram fôlego à moeda.
Por aqui, segundo analistas, o ingresso de dólares pela conta comercial contribuiu para frear a depreciação cambial. Em nota sobre os impactos da reforma tributária, o UBS avaliou que o real deve se manter resiliente frente ao dólar nos próximos meses.
Para o banco, a moeda americana deve rondar os R$ 4,60 no curto prazo e subir para a casa dos R$ 5 nos próximos seis a 12 meses. O dólar à vista fechou em leve alta de 0,04%, a R$ 4,8088, após oscilar entre R$ 4,7956 e R$ 4,8273. Às 17h05, o dólar futuro para agosto era estável em R$ 4,8195. Lá fora, o euro tinha leve queda de 0,08%, a US$ 1,1230. E a libra recuava 0,26%, para US$ 1,3041.
Com informações do Estadão Conteúdo
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