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Mercado hoje: Ibovespa reduziu perdas e fechou em leve queda com a turbulência no setor financeiro; dólar fechou em R$ 5,29
O Ibovespa passou o pregão brigando (e apanhando) contra a nova rodada de tensão no setor financeiro internacional, diante da crise no gigante Credit Suisse, que pesou sobre as bolsas de todo o mundo. Próximo ao fim do pregão, o Banco Central da Suíça afirmou que o Credit atende aos critérios de capital e liquidez, e que, se preciso for, irá salvar o banco.
Sendo assim, o principal índice da bolsa brasileira fechou em queda de 0,25% (pós ajuste), aos 102.600 pontos após passar a maior parte do pregão em forte queda. O dólar fechou em alta de 0,70%, a R$ 5,2932, também tendo passado boa parte do dia acima dos 5,30.
Após as quebras do Silicon Valley Bank (SVB) e do Signature Bank, ambos nos Estados Unidos, o foco agora é na Europa, onde as ações do Credit Suisse fecharam em queda de 24% na bolsa de Zurique.
Credit Suisse
Ontem o Credit Suisse admitiu fraqueza adicional em seus resultados financeiros, e hoje o Saudi National Bank, maior acionista do banco suíço, descartou dar mais liquidez à instituição. As tensões causam forte pressão negativa nas bolsas europeias.
Os principais bancos da bolsa brasileira tinham forte queda, mas conseguiram recuperação na sessão. Itaú (ITUB4), que caía 2% mais cedo agora cai 0,1%, enquanto Bradesco (+1,9%) e Banco do Brasil (+0,3%) trocaram de sinal recentemente.
No início da tarde, o Financial Times informou, citando fontes, que o Credit Suisse pediu ajuda ao banco central da Suíça – o Banco Nacional da Suíça – e ao regulador do mercado suíço, o Finma, para que mostrem seu apoio publicamente em meio a situação.
“Continuamos preocupados que esses efeitos cascata continuem a se espalhar pela economia e [nós] mantemos uma exposição defensiva neste momento”, disse John Leiper, diretor de investimentos da Titan Asset Management.
A turbulência no setor bancário acontece nas vésperas da decisão de juros do Banco Central Europeu (BCE), que acontece amanhã.
Commodities
Entre as commodities, o petróleo Brent – utilizado pela Petrobras como referência de preços – fechou em forte queda na bolsa ICE, de Londres, em meio à forte aversão global a risco, em seu menor nível em 15 meses.
O contrato do petróleo Brent para entrega no mês de maio fechou o dia em queda de 4,85%, negociado a US$ 73,69 o barril.
Já o minério de ferro terminou em estabilidade na bolsa de Dalian.
Mercado Europa
Os principais índices acionários da Europa encerraram o dia em queda firme, impulsionadas pelo agravamento das tensões no setor bancário após o Saudi National Bank, maior acionista do suíço Credit Suisse, declarar que não vai fornecer mais liquidez para o banco.
Índices
Após ajustes, o índice Stoxx 600 fechou em queda de 2,92%, a 436,45 pontos.
O índice DAX, de Frankfurt, teve perda de 3,27%, a 14.735.26 pontos.
O FTSE 100, de Londres, registrou queda de 3,83%, a 7.344,45 pontos.
O francês CAC 40 contabilizou recuo de 3,58%, a 6.885,71 pontos.
Euro e libra
Entre as moedas da região, por volta das 14h10, o euro tinha queda de 1,61%, a US$ 1,05544, enquanto a libra caía 1,05%, a US$ 1,20206.
Estados Unidos
Nos Estados Unidos, um dado considerado positivo pode causar algum alívio no estresse da manhã. O índice de preços ao consumidor (PPI) do país caiu 0,1% em fevereiro ante janeiro, enquanto o consenso do mercado era de alta de 0,3%.
O núcleo do indicador ficou estável na mesma comparação, enquanto a expectativa do mercado era de alta de 0,4%. Já as vendas no varejo dos EUA caíram 0,4% em fevereiro ante janeiro, em linha com as projeções.
Os dados podem consolidar a visão de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) tem espaço para ser menos rígido em suas próximas reuniões, inclusive na da semana que vem.
Ontem, o índice de preços ao consumidor (CPI) já havia ficado dentro das expectativas, o que agradou agentes econômicos e colaborou para uma alta expressiva das bolsas de Nova York. No entanto, a turbulência no setor financeiro continua sendo o principal destaque do dia de hoje.
China
As vendas no varejo da China subiram 3,5% nos dois primeiros meses do ano, enquanto a produção industrial cresceu 2,4% no período, em linha com as previsões. Houve um aumento de 3,5% nas vendas de imóveis.
Os sinais são positivos, mas afastam a expectativa de um boom de crescimento no país, com menor contribuição para a recuperação global.
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