Ibovespa fecha em queda, abaixo dos 121 mil pontos; dólar tem forte alta

Ibovespa ameaçou interromper sequência de quedas após corte da Selic, mas perdeu força

O mercado de risco recebeu bem nesta quinta-feira (3) a notícia de queda de 0,50 ponto percentual na taxa de juros, anunciado pelo Banco Central na noite da quarta-feira. Porém, o ânimo esfriou ao longo do pregão.

O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores, avançou no começo da sessão, que chegou a bater 122 mil pontos na máxima. No fechamento, porém, a situação foi diferente. O índice encerrou em queda de 0,23%, a 120.585 pontos.

Simultaneamente, o dólar subiu com força e encerrou o dia com alta de 1,94%, a R$ 4,898.

Melhores ações da bolsa

A Recrusul, empresa de reboques e equipamentos para o setor de infraestrutura, voltou a liderar os ganhos na bolsa nesta quinta-feira, 3 de agosto, depois de ter liderado também no pregão da quarta, quando avançou mais de 11%.

A empresa foi acompanhada de perto pela Sequoia, de transporte e logística. A construtora Tenda também se destacou.

Veja a lista:

  • Recrusul (RCSL4) +13,02%
  • Sequoia (SEQL3) +12,50%
  • HBR (HBRE3) +8,75%
  • Tenda (TEND3) +7,31%
  • Movida (MOVI3) +5,88%

Piores do dia

Entre as ações que mais perderam valor de mercado, destaque para a Via, de varejo, que caiu mais de 8%. Nem a queda dos juros, que tende a favorecer o setor de varejo, foi capaz de reverter o mau humor do mercado com os resultados ruins que a empresa apresentou. Com o desempenho, as ações sofreram corte na recomendação.

Veja as cinco empresas que mais caíram na bolsa nesta quinta:

  • Via (VIIA3) -8,65%
  • Méliuz (CASH3) -6,24%
  • Banco Pine (PINE4) -5,40%
  • Alpargatas (ALPA4) -5,25%
  • Lojas Marisa (AMAR3) -5,20%

Os números foram apurados por volta das 17h35 e estão sujeitos a alterações. As listas de melhores e piores contemplam ações de toda a bolsa com volume acima de R$ 1 milhão.

Cenário externo

Os acontecimentos além das fronteiras brasileiras influenciaram a bolsa. Entre os eventos de destaque, além do rebaixamento dos EUA na quarta, estão a decisão sobre juros no Reino Unido e a produção de petróleo na Arábia Saudita.

O Banco da Inglaterra definiu alta de juros de 0,25 ponto percentual, mantendo a política de arrocho monetário para tentar controlar a inflação.

Além disso, a Arábia Saudita anunciou que estenderá voluntariamente a redução da produção de petróleo em 1 milhão de barris por dia. A decisão coloca algum temor relacionado ao aumento da pressão inflacionária ao redor do globo.

Com isso, os índices das bolsas de Nova York e as principais da Europa fecharam em queda. Nos EUA, o índice S&P 500 desceu 0,30%. Dow Jones caiu 0,19%. Nasdaq cedeu discretamente: -0,10%.

Na Europa, o pregão também foi marcado pelos dados fracos de atividade do setor de serviços e com cautela após o já mencionado Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês).

Em Londres, o FTSE 100, recuou 0,43% a 7.529 pontos, o índice DAX, em Frankfurt, também fechou em queda, de 0,79%, a 15.893 pontos. O CAC 40, em Paris, caiu 0,72%, a 7.260 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, também teve perdas, de 0,94%, a 28.702 pontos. Em Madri, o índice Ibex 35 recuou 0,23%, a 9.307 pontos. Na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 foi a exceção, com ganhos de 0,18%, a 5.989 pontos.

Com informações do Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo  

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