Mercado hoje: Ibovespa fecha em alta e dólar em queda após apresentação do novo Arcabouço Fiscal

Investidores repercutem detalhes da nova regra apresentada hoje pelo governo

Após a apresentação do novo Arcabouço Fiscal, a bolsa brasileira operou em firme alta durante todo o pregão desta quinta-feira (30). Às 17h, o Ibovespa fechou em alta de 1,89% (pós ajuste), a 103.713 pontos. No mesmo horário, o dólar fechou em queda de 0,72%, negociado a R$ 5,0972.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou as novas regras fiscais propostas pelo governo, que estabelecem limite para o crescimento das despesas em 70% do crescimento das receitas. Esse percentual será reduzido como punição caso o governo não cumpra a meta de resultado fiscal estabelecida na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

A regra tem compromisso com o resultado primário até o ano de 2026, com metas e banda de variação tolerável. Sendo déficit de 1,5% em 2023 (já aprovado na PEC da Transição), déficit 0 em 2024 e superávit de 0,5% em 2025 e de 1% em 2026.

Commodities

Minério de ferro fechou em alta de 2,3% no mercado à vista e chegou a US$ 128 a tonelada no norte da China.

Petróleo Brent – utilizado como referência pela Petrobras – fechou em alta de 1,14% na ICE, de Londres, a US$ 78,60 o barril, com entrega para maio.

Juros futuros recuam

Os juros futuros operam em queda ao longo de toda a estrutura a termo da curva, à medida que os investidores continuam a avaliar o anúncio do arcabouço fiscal feito pelo governo nesta manhã.

Os juros futuros voltaram a se aproximar das mínimas intradiárias, especialmente em vértices intermediários da curva. Agentes financeiros relatam uma volatilidade acentuada no mercado hoje, impulsionada pelas avaliações em torno da proposta de arcabouço fiscal.

Perto das 16h, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 recuava de 13,225% do ajuste anterior para 13,165%; a do DI para janeiro de 2025 passava de 12,16% para 11,97%; a do DI para janeiro de 2026 caía de 12,13% para 11,935%; e a do DI para janeiro de 2027 cedia de 12,295% para 12,12%.

Apesar de a reação inicial dos ativos locais à nova regra fiscal ter sido majoritariamente positiva, com recuo nas taxas, participantes do mercado classificam o anúncio do marco fiscal como uma “carta de intenções” e ainda buscam entender como as metas de superávit traçadas pelo governo serão alcançadas.

Roberto Campos Neto

Em outra coletiva, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que ainda não olhou detalhes do novo Arcabouço Fiscal. “Vamos olhar e analisar o que está sendo analisado. Não fazemos fiscal, incorporamos nas expectativas, na função reação, como ‘input’ nas decisões”, afirmou.

Perto das 16h, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 recuava de 13,225% do ajuste anterior para 13,165%; a do DI para janeiro de 2025 passava de 12,16% para 11,97%; a do DI para janeiro de 2026 caía de 12,13% para 11,935%; e a do DI para janeiro de 2027 cedia de 12,295% para 12,12%.