Dólar opera em queda, em torno dos R$ 4,95, com alta de commodities
Por volta das 14h10, a moeda operava em queda de 1,414%, a R$ 4,95, após mínima intradiária de R$ 4,93, o menor nível desde julho de 2021
O dólar comercial não sustentou a alta da abertura e virou para o negativo logo em seguida, intensificando o movimento para operar abaixo de R$ 5. O desempenho é influenciado pela alta das commodities no mercado internacional, como o petróleo.
Por volta das 14h10, a moeda operava em queda de 1,414%, a R$ 4,9584, após mínima intradiária de R$ 4,9313, o menor nível de negociação durante a sessão desde 1º de julho de 2021. Desta forma, o real tinha o melhor desempenho numa cesta com as 33 principais moedas internacionais. O índice dólar, DXY, recuava 0,01%, a 98,22 pontos.
No mesmo horário, entre outras divisas emergentes, o dólar seguia a mesma tendência, porém com menos força, caindo 0,50% contra o peso mexicano, recuando 0,20% em relação ao rand sul-africano e perdendo 0,57% ante o peso chileno.
“Os fundamentos seguem apontando para um real mais valorizado”, disse Victor Beyruti, economista da Guide Investimentos. “Os termos de troca acabaram melhorando muito com a questão da alta das commodities. Eles já vinham melhorando com a pandemia. Com a guerra, tiveram uma melhora muito forte”, completou.
O economista-chefe do Banco Fibra, Cristiano Oliveira, seguiu o mesmo raciocínio ao lembrar que o preço das commodities se elevou muito no começo do ano, com um “impulso adicional por conta do conflito na Rússia”. “Em cima disso, existe uma percepção de que esse movimento de inflação global derivado da alta das commodities irá continuar por muito tempo. Mesmo se a guerra terminasse hoje, o preço das commodities continuaria pressionado.”
Hoje, tanto o petróleo Brent quanto o WTI são negociados em forte elevação no mercado internacional, disparando mais de 5%, com os barris sendo cotados acima dos US$ 110 cada.
Com Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico
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