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Dólar avança e juros futuros têm forte alta na abertura, de olho em Ucrânia e commodities
O dólar comercial tinha avanço moderado e os juros futuros registravam forte alta nos primeiros negócios, com a elevação do nervosismo nos mercados internacionais após o ataque da Rússia à maior usina nuclear da Europa, situada na cidade de Enerhodar, no sudeste da Ucrânia, aumentar os temores de um desastre nuclear de ampla escala.
Por volta de 9h30, o dólar comercial operava em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,0507 no mercado à vista. Já nos juros, a taxa do contrato futuro de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2023 subia de 12,80% no ajuste anterior para 12,935%; a taxa do DI janeiro de 2024 escalava de 12,39% para 12,605%; a do DI janeiro de 2025 avançava de 11,75% para 11,97%; e a do DI janeiro de 2027 tinha alta de 11,50% para 11,655%.
Bombardeios russos no sul da Ucrânia causaram um incêndio na usina antes que as tropas russas entrassem nas instalações, relata o “The Wall Street Journal”. O fogo, extinto na manhã de sexta-feira, surgiu nas instalações de treinamento da usina de Zaporizhzhia, que fica ao lado de seus seis reatores nucleares, informou o serviço de emergência da Ucrânia. Nenhum dos seis reatores, um dos quais está em operação, foi afetado pelo incêndio e não houve vazamento de radiação no momento.
De olho nos avanços russos dentro da Ucrânia, os ativos de risco operam, assim, no vermelho nesta manhã, com fortes quedas nas bolsas da Europa e valorização do dólar global, em especial na comparação com moedas de países emergentes. Com o modo “risk-off” ativado, os agentes financeiros buscam por ativos seguros e os rendimentos sobre os títulos do Tesouro americano (Treasuries) de dez anos registram queda firme no momento — no mercado de bônus, os rendimentos caem quando os preços dos títulos sobem. O ouro também opera em alta no momento.
Já os preços de commodities energéticas disparam após o ataque à usina ucraniana, com petróleo e gás natural em forte alta reforçando os temores inflacionários globais e pressionando as taxas de mercado no Brasil.
Há pouco, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o PIB do quarto trimestre de 2021 cresceu 0,5% na comparação trimestral, acima da mediana de 0,2% captada em pesquisa do Valor Data com base em 67 projeções de instituições financeiras e consultorias.
Já nos Estados Unidos, o destaque vai para a publicação dos dados do “payroll”, o relatório geral sobre o mercado de trabalho americano, de fevereiro, às 10h30, que pode ajustar a trajetória esperada para a política monetária pelos mercados.
Com Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico
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