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BTG lança BTG Dol, ‘stablecoin’ com paridade no dólar
Empresas citadas na reportagem:
O BTG Pactual criou uma “stablecoin”, criptomoeda com paridade em outras divisas, referenciada no dólar comercial. A nova moeda digital fará parte da prateleira da Mynt, plataforma de ativos digitais do banco, que já negocia bitcoin e outros 21 tokens digitais.
Segundo o BTG Pactual, essa é a primeira stablecoin de varejo emitida por uma instituição financeira no mundo. O National Australia Bank já tinha emitido uma stablecoin com paridade no dólar australiano, mas o token serve apenas para liquidar operações de grandes clientes institucionais e corporativos.
Chamada BTG Dol, a criptomoeda terá suas reservas gerenciadas internamente pela unidade de ativos digitais do banco, na proporção de 1 token para US$ 1. A custódia dos ativos digitais será própria. O banco se responsabilizará pela governança da criptomoeda, além de compliance e processos de “due diligence” contra lavagem de dinheiro.
A Mynt já tinha na plataforma a stablecoin USDC, emitida pela americana Circle, uma das poucas com reservas comprovadas e totalmente auditadas.
As stablecoins entraram na mira dos reguladores após a implosão no ano passado do sistema Terra Luna, em que a criptomoeda dependia de algoritmos complexos e um sistema de recompensas para manter a paridade com o dólar. Desde então, reguladores têm estudado como exigir garantia de reservas para stablecoins, que funcionam como porta de acesso para o mundo dos criptoativos por proteger os recursos contra as fortes oscilações das criptomoedas.
Segundo André Portilho, chefe de ativos digitais do BTG, a stablecoin permitirá que os usuários “dolarizem” parte do patrimônio de forma simples, econômica e com segurança se comparada a outros produtos usados anteriormente, como fundos cambiais e moeda física. O investimento mínimo no token é de R$ 100.
Depois de chegar à Mynt e à grade de investimentos, a stablecoin poderá ser oferecida no futuro a diferentes públicos do banco, como a gestora, e até para terceiros. Segundo Portilho, a expansão vai depender da evolução da regulação e da segurança jurídica dos produtos para esses públicos.
“Enxergamos uma demanda para criar uma stablecoin com referência no dólar, com todas as vantagens das moedas digitais, mas emitida por uma instituição financeira regulada, com governança e que cumpre as exigências de capital. É uma interação entre o sistema financeiro tradicional e a nova economia digital”, disse.
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