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Arcabouço Fiscal e juros aumentam o risco de investimentos em dólar
Vice-presidente da Anbima, Pedro Rudge, explica que é mais seguro operar no mercado de câmbio via fundos de investimentos multimercados
O mercado de câmbio é muito atrelado às perspectivas macroeconômicas e de crescimento da economia. No Brasil, ainda tem a preocupação fiscal com o cumprimento das regras fiscais atrelado ao andamento do Arcabouço Fiscal no Congresso Nacional, juntamente com a alta taxa de juro. Tudo mexe ainda mais com o câmbio.
Para se proteger, as pessoas querem investir no dólar. Se já é complicado para gestores profissionais captarem o movimento de alta ou baixa do dólar, o risco é maior ainda para as pessoas comuns.
Isso porque a oscilação ocorre de duas maneiras: nos ativos em si e no câmbio, dólar contra o real, impactando a performance do investimento.
Diversificar em países com diferentes economias é uma segurança adicional para o investidor. E, em certos períodos, o Brasil pode ir melhor. Em outros, não.
No relatório mais recente do Grupo Consultivo Macroeconômico da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), formado pelos economistas-chefes das instituições, aponta a expectativa de que o real mantenha trajetória de valorização ao longo do ano.
A estimativa para a taxa no fim de 2023 é de R$ 5,25. Caso concretizada, corresponderá a uma valorização de 5,9% do real no ano. Importante ressaltar que essa estimativa é revisada todo mês, de acordo com fatores macroeconômicos do País.
De olho no potencial do dólar, vice-presidente da Anbima, Pedro Rudge, explica que é mais seguro operar no mercado de câmbio por meio de fundos de investimentos multimercados.
Diante do histórico de volatilidade dos ativos no Brasil, os gestores são muito talentosos, com expertise em vários mercados, juros, câmbio, ações. Outro ponto a favor é que há grandes fundos multimercados que podem montar posições e sair rapidamente.
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