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Demanda por uso do FGTS para compra de ações da Eletrobras chega a R$ 8,8 bi; acima do teto de R$ 6 bi
A demanda das pessoas físicas pelo uso do dinheiro do FGTS para compra de ações da Eletrobras no processo de privatização ficou em pelo menos R$ 8,8 bilhões, de acordo com fontes do mercado. A demanda dos investidores pelas ações da Eletrobras pode superar entre três e quatro vezes o tamanho total da oferta, informou a Folha de S. Paulo.
Os números ainda estão sendo fechados pelos bancos e vão compor a capitalização da Eletrobras, oferta de ações que tornará a empresa privada. Mais de 350 mil trabalhadores fizeram a opção.
A oferta de ações que privatizará a maior elétrica da América Latina deve ser precificada na quinta-feira (9), reduzindo a participação do Estado na empresa para cerca de 45%.
A operação pode movimentar R$ 35 milhões, considerando a oferta primária de 627,6 milhões de papéis e um lote adicional de 104,6 milhões de ações.
Dessa forma, a demanda pelo uso do FGTS ficou acima do teto de R$ 6 bilhões estabelecido pela Eletrobras. Assim, haverá um rateio entre os investidores. A reserva terminou ao meio-dia desta quarta-feira.
Segundo o prospecto da capitalização, haverá rateio proporcional das ações entre os investidores, considerando o pedido de reserva de cada um deles, já que a demanda superou a oferta. O limite de R$ 6 bilhões também inclui os trabalhadores que migraram seu FGTS de ações da Petrobras e Vale.
Foi permitido reservar até 50% do saldo do FGTS para investir no Fundo Mútuo de Privatização. Com o rateio, os os valores depositados em excesso serão devolvidos ao FGTS sem qualquer remuneração.
A reserva de ações da Eletrobras marca o início do processo de privatização da maior companhia elétrica da América Latina. O valor de cada ação comprada será divulgado nesta quinta-feira, conforme o cronograma oficial, e o preço será determinado com base no interesse dos investidores.
As ações ordinárias da Eletrobras fecharam em alta nesta quarta, cotadas a R$ 41,70.
Na sexta-feira tem início a negociação dos ADRS (American Depositary Receipts) da Eletrobras na Bolsa de Nova York, nos Estados Unidos, emitidos no âmbito do processo de privatização, segundo o calendário da empresa de energia.
Já na próxima segunda começam as negociações das ações da Eletrobras na B3, a Bolsa de Valores brasileiras.
Para quem investiu o FGTS, as ações só poderão ser vendidas após 12 meses. Mas se o trabalhador se encaixar em uma das situações em que a legislação permite o saque do Fundo de Garantia, poderá vender os papéis antes. É o caso, por exemplo, de quem precisar do dinheiro para compra da casa própria.
Investidores que fizeram a reserva sem o dinheiro do FGTS não têm prazo mínimo de permanência, ou seja, poderão vender as ações a qualquer momento.
O volume financeiro na oferta de ações da Eletrobras, no âmbito do processo de privatização da empresa de energia elétrica, pode movimentar até R$ 35 bilhões, consideradas a oferta primária de 627,6 milhões de ações e mais um lote adicional de 104,6 milhões de ações.
A participação da União será diluída para cerca de 35%, de forma a perder o controle sobre a empresa.
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