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Incerteza sobre corte de gastos faz dólar se firmar acima de R$ 5,80 e taxas da NTN-Bs subirem a 7%
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A piora na percepção de risco doméstico continua a afetar em cheio os ativos financeiros locais, que são impactados pela incerteza sobre o corte de gastos que o governo deve fazer.
O dólar sobe com força e opera no patamar intradiário mais alto desde agosto, acima de R$ 5,80.
Enquanto os juros futuros disparam e ficam acima de 13% ao longo de toda a curva, nos maiores níveis desde março de 2023.
A deterioração dos preços dos ativos ocorre no momento em que são crescentes as dúvidas dos investidores quanto ao pacote de corte de gastos do governo.
O que se reflete, ainda, no comportamento dos juros reais de médio prazo, que já são negociados em torno de 7% no mercado secundário.
Há, entre os agentes financeiros ouvidos pelo Valor, a percepção de que não há senso de urgência para a adoção de medidas de corte de gastos.
Uma sensação agravada, na manhã desta sexta-feira, por rumores relacionados ao pacote elaborado pelo governo.
Circularam nas mesas de operação informações em torno de um valor de cerca de R$ 30 bilhões em redução de despesas.
Mas as medidas que não devem ter um caráter mais estrutural e que não englobam gastos de setores como saúde e educação.
Isso gera preocupação entre os participantes do mercado sobre a trajetória da dívida pública.
Impacto da incerteza sobre corte de gastos no mercado
Por volta de 14h15, o dólar era negociado a R$ 5,8341 no mercado à vista, em alta de 0,72%, próximo da máxima do dia (R$ 5,8346).
Enquanto o Ibovespa recuava 0,77%, aos 128.715 pontos.
No mercado de juros futuros, a taxa do DI para janeiro de 2029 subia de 12,975% no ajuste de ontem para 13,13%, após ter ido a 13,19%.
Enquanto a do DI para janeiro de 2031 avançava de 12,915% para 13,07%, após ter subido a 13,13%.
Vale notar, ainda, que temores em relação à sustentabilidade da dívida se agravam, ainda, com o nível elevado dos juros reais.
No mercado secundário, em casas como BTG Pactual e Warren Investimentos, as NTN-Bs com vencimento em agosto de 2028 já são negociadas a 7,01%
Isso pode indicar uma deterioração das contas públicas brasileiras caso não seja feito um corte de gastos.
Também há uma piora em prazos ainda mais longos, como os da NTN-B para agosto de 2025.
Cuja taxa subiu a 6,77%, de acordo com dados do BTG.
A virada no exterior, com alguma força do dólar e dos rendimentos dos Treasuries, com uma inversão dos movimentos vistos após o “payroll” de outubro, contribui adicionalmente para os movimentos dos ativos locais,
No momento em que a eleição presidencial dos Estados Unidos segue no radar dos investidores.
Com informações do Valor Econômico
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