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Como está o cenário cripto na América Latina?
Olhando o comportamento dos países da América Latina, identificamos diferentes necessidades que justificam a adoção à criptoeconomia. Dentre as principais necessidade estão: reserva de valor, remessas internacionais e dolarização da economia. Explorando a região, os seguintes países se destacam:
Venezuela, Argentina e Colômbia – Reserva de Valor
Sobretudo, esses países se destacam pelos criptoativos que assumem o papel de stablecoins. Essa categoria de criptoativos alivia uma dor latente observada em nossos vizinhos: proteção do poder de compra e de reservas de valor. Frente aos altos índices de inflação, habitantes desses países se resguardam da desvalorização da moeda local ao comprar um criptoativo lastreado ao dólar.
México – Remessa Internacional
Seguindo a análise, México e demais países com altas taxas de imigração apresentam uma necessidade constante de remessa de valor entre fronteiras. Como a liquidação de remessas via blockchain é significativamente mais rápida e com menores custos, criptoativos ascendem nesses mercados. A evasão de dinheiro via cripto se torna então um desafio para os reguladores locais, que seguem estudando como regular o mercado.
Uruguai – Dolarização da economia
Além dos fatores anteriores, alguns países da América Latina têm sua economia dolarizada por contexto econômico histórico. O Uruguai é um ótimo exemplo dessa realidade. O país não apresenta altos índices de inflação, muito menos de imigração. No entanto, suas decisões macroeconômicas relacionadas à dívida externa dolarizaram a economia décadas atrás. Para ilustrar essa realidade, é importante mencionar que os Uruguaios têm como hábito bancário possuir saldos em duas moedas, tanto em pesos quanto em dólar. Ir ao hipermercado no Uruguai é uma experiência bem diferente do que aqui no Brasil. Se o cliente for comprar itens básicos como frutas e verduras, ele paga com pesos. Porém, se for comprar eletrodomésticos como liquidificador ou televisão, é necessário pagar com dólares. Nesse cenário, as stablecoins pareadas ao dólar ganham espaço ano após ano.
El Salvador – Moeda oficial
Por fim, difícil falar da América Latina sem falar de El Salvador. Este é o primeiro país no mundo a adotar o bitcoin como moeda oficial. Ainda não temos histórico suficiente para saber se essa foi uma boa decisão ou não. Fato é que o mercado global acompanha de perto esse país para entender os impactos de considerar uma criptomoeda em sua política monetária.
Além de fatores específicos de alguns países, temos também comportamentos que são observados ao mesmo tempo em vários países latino-americanos. Com destaque para dois fatores:
Fan token
Atualmente os fãs latino-americanos estão entre os mais fiéis e apaixonados do mundo. Essa paixão associada à força que o mundo cripto ganhou na América Latina, convertem a região em um terreno fértil para a oferta de fan tokens. Tomando como exemplo o universo do futebol, tornou-se difícil encontrar times que já não tenham minimamente avaliado a possibilidade de emitir um token próprio. Os exemplos são inúmeros, como Flamengo, River Plate, Boca Juniors, Club América, dentre outros.
Evolução geracional
Em seguida, temos que a geração Z (entre 16 e 25 anos) está demandando cada vez mais o uso de criptoativos. Os jogos de videogame são um importante meio para os mais jovens entrarem em contato com ferramentas financeiras. Como muitos videogames utilizam criptoativos chamados tokens como base financeira, cripto acaba se tornando a preferência de gastos para os demais hábitos de consumo. Esse comportamento geracional justifica porque grandes nomes em toda América Latina estão atentos ao mercado cripto, como: Rappi, Mercado Livre, 99, Reserva, entre outros.
Em resumo
Quando analisados em conjunto, essa lista de fatores ajuda a entender o motivo de a América Latina estar se destacando como um mercado cripto promissor. Nos próximos anos esperamos que mais players globais virem sua atenção para a região, trazendo mais investimentos e evolução para nós e nossos hermanos.
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