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Como a guerra na Ucrânia pode impactar as ações de Meta, Google e Twitter
A invasão da Ucrânia pela Rússia ameaça ser um desastre humanitário de proporções catastróficas. Já foram relatadas centenas de vítimas e milhares de pessoas fugiram do país. E pode ficar muito pior.
A guerra na Europa Oriental, como todos os conflitos, é devastadora. Mas também é difícil ficar distante. Milhões de pessoas em todo o mundo entraram em sites de mídia social nos últimos dias, enquanto uma guerra moderna se desenrolava em tempo real.
Todos esses globos oculares provavelmente darão um impulso inesperado a algumas empresas de tecnologia. Meta Platforms, controladora do Facebook e Instagram, bem como Twitter e Alphabet, dona do Google e YouTube, devem se beneficiar.
O conflito na Ucrânia aumentou o engajamento de Meta, Twitter e Alphabet em cerca de 3% a 5%, disse Trip Chowdhry, analista da Global Equities Research. Chowdhry disse que o YouTube teve o maior aumento de engajamento relacionado à Ucrânia, seguido pelo Facebook e Instagram à frente do Twitter.
Chowdhry tem para as três empresas — que ele chama de ações “silver lining”, algo como o lado positivo de uma situação ruim – uma recomendação de compra forte.
Existe uma ligação direta entre mais engajamento do usuário para plataformas de mídia social e benefícios para seus negócios. Todas as três empresas nomeadas por Chowdhry se apoiam fortemente na receita de publicidade, que está ligada a quantos olhos os usuários colocam nos anúncios e à confiança dos anunciantes de que suas mensagens alcançarão consumidores em potencial.
A Global Equities Research não está sozinha nessa percepção de Meta, Alphabet e Twitter. Wall Street está particularmente otimista em relação à Meta, que perdeu valor de mercado em uma escala histórica no início deste mês, quando as ações caíram 26% em um dia após lucros ruins e uma perspectiva fraca.
Embora ainda haja um grande debate sobre se a Meta é uma boa compra, a ação está estatisticamente barata. Está sendo negociada a 16 vezes o lucro projetado para este ano, um desconto de 40% em relação a seus pares. A maioria dos bancos recomendam compra para Meta, com um preço-alvo médio entre os analistas pesquisados pela FactSet de US$ 327, o que implica um aumento de 58%. Chowdhry vê a Meta em US$ 350.
É um cenário igualmente otimista para Alphabet e Twitter. A controladora do Google é classificada como compra pela maioria dos bancos, com um preço-alvo de US$ 3.476, sugerindo um aumento de 31%. E embora o Twitter seja classificado como manter pela maioria, seu preço-alvo médio de US$ 44,71 ainda implica em 28% de aumento.
As ações de tecnologia lideraram uma grande alta nos EUA na quinta-feira após uma forte liquidação quando os mercados entraram em pânico com a invasão russa da Ucrânia. Meta subiu 4,6% nas negociações de quinta-feira, Alphabet ganhou 4% e Twitter saltou 6,8%.
Com Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico
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