Mercado hoje: Ibovespa recua 1,23% com queda forte do petróleo e pressão externa; dólar vai a R$ 5,04

Dólar se mantém em alta nesta terça-feira, apesar da divulgação do IGP-M menor do que o esperado em maio

O Ibovespa fechou em queda nesta terça-feira (30), dia que marcou retorno dos investidores estrangeiros após o feriado de ontem nos Estados Unidos e parte da Europa. Os mercados repercutiram a queda de 4,40% no preço do petróleo no exterior, a tramitação no Congresso americano do acordo sobre o teto da dívida dos Estados Unidos e, localmente, os dados da inflação medida pelo IGP-M – conhecido como inflação do aluguel. O Ibovespa fechou o dia em queda de 1,23%, aos 108.980 pontos, enquanto o dólar subiu 0,60%, para R$ 5,0423.

Em Londres, o petróleo Brent -referência de preços para a Petrobras – fechou em queda de 4,40%, negociado a US$ 73,70 o barril, pressionando os ativos ligados à commodity.

O desempenho do petróleo é pressionado pela reavaliação do mercado sobre um possível novo corte de oferta da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+).

O dólar avançou à medida que investidores monitoram o desenrolar das conversas sobre o teto da dívida dos EUA no Congresso americano. O dia é de valorização generalizada da moeda americana, mas o real é uma das divisas mais penalizadas na sessão. 

O movimento se dá em meio à força da moeda americana contra divisas de mercados emergentes, e também com os agentes financeiros avaliando os dados de inflação por aqui, após o IGP-M de maio mostrar deflação maior do que a mediana das estimativas apontava.

IGP-M

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou deflação de 1,84% em maio, após queda de 0,95% no mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).

A variação de preços ficou abaixo da mediana das estimativas de 22 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data, de -1,58%, com intervalo das projeções indo de -1,84% a +0,50%.

Com esse resultado, o índice acumula taxa de -2,58% no ano e de -4,47% em 12 meses. Em maio de 2022, o índice havia subido 0,52% e acumulava alta de 10,72% em 12 meses.