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BNDES estuda pôr à venda R$ 7 bilhões em ações da Eletrobras
O BNDES avalia a venda da maior parcela de sua participação na Eletrobras. Banco ainda tem cerca de 8% das ações da gigante de energia e já começou a conversar com instituições de investimento sobre o assunto. Pela regra, imposta na capitalização em junho, o BNDES não pode fazer transações com as ações adquiridas. Este impedimento é conhecido como “lock-up”.
O “lock-up” de 180 dias a partir da data de início (10 de junho) foi imposto a acionistas vendedores e àqueles com posição superior a 5%. O BNDES se encaixa nas duas restrições. Porém, a regra acaba em 7 de dezembro, quando os papeis da instituição ficam livres para negociação. A informação foi divulgada com exclusividade pelo Pipeline.
O BNDES detém 74,55 milhões de ações ON e outras 18,26 milhões de PN. As posições somam cerca de 8% do capital da Eletrobras. Se vender todas as ordinárias, o banco ainda ficaria com pouco mais de 1% em ações preferenciais.
Segundo o site, o BNDES cogita vender R$ 7 bilhões, correspondente aos papéis ON detidos diretamente e via BNDESPar, que no caso da Eletrobras são as ações mais líquidas. O caminho preferencial é uma ordem em bloco, operação que no jargão do mercado financeiro é conhecida como “block trade”.
Pela magnitude da operação, a ordem em bloco normalmente acontece sob a forma de leilão. Além disso, para realizar um “block trade”, normalmente os vendedores do ativo precisam avisar sua intenção ao mercado com antecedência.
O banco já conseguiu colocar de pé algo dessa dimensão rapidamente. No fim de 2020, vendeu R$ 8 bilhões em ações da Vale numa a ordem em bloco.
Segundo o Pipeline, o BNDES já abordou dois grandes bancos estrangeiros e dois grandes bancos brasileiros. A opção por grandes instituições financeiras se dá pela capacidade de conexão rápida com grandes investidores, além do lastro financeiro que garante credibilidade à operação. A oferta vai depender também do momento de mercado e apetite de investidores. Procurado, o BNDES não comentou.
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