Acordo da B3 com bolsas de Xangai e Shenzhen amplia acesso do investidor brasileiro a ETFs chineses

Inicialmente, o ETF Connect China-Brasil possibilitará que ETFs referenciados em índices chineses sejam listados na B3, combinado com a listagem de ETFs que seguem o Ibovespa na China

A B3 assinou um memorando de entendimento com as bolsas de valores de Xangai (Shanghai Stock Exchange) e de Shenzhen (Shenzhen Stock Exchange), na China, para permitir a conectividade de fundos de índice (ETF) entre os dois países por meio do programa ETF Connect.

O ETF Connect tem o objetivo de ampliar as oportunidades de investimento por meio de ETFs listados reciprocamente entre a China e o Brasil, garantindo um relacionamento de longo prazo entre as bolsas, segundo a B3.

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    Inicialmente, o ETF Connect China-Brasil possibilitará que ETFs referenciados em índices chineses sejam listados na B3, combinado com a listagem de ETFs que seguem o Ibovespa na China.

    Iniciativa costurada pela CVM

    A iniciativa foi viabilizada por meio de um memorando assinado em 2024 entre a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China (CSRC) e impulsionada pela decisão dos governos do Brasil e da China de priorizar a cooperação em finanças, conforme declaração conjunta emitida pelos presidentes dos dois países em 20 de novembro de 2024.

    Gestoras de ativos dos dois países atuarão em conjunto para a listagem futura dos novos ETFs. No momento, Bradesco Asset Management e Itaú Asset Management estão em negociação junto a contrapartes da China para viabilizar participação no programa, conforme a B3.

    A China já possui 18 ETFs lançados em parcerias semelhantes com outros mercados asiáticos como Japão, Singapura e Hong Kong, e o Brasil é o primeiro país fora do continente a viabilizar o mecanismo ETF Connect. “

    Por meio desses acordos pioneiros, a B3 ajuda a fortalecer as relações econômicas entre nosso país e a China e reforça a atuação da bolsa do Brasil como uma ponte entre a América Latina e o continente asiático, ao oferecer alternativas de diversificação internacional para investidores institucionais e pessoas físicas”, diz o CEO da B3, Gilson Finkelsztain, em nota.

    Grandes bancos já estão no caminho de usar essa rota

    Segundo Ricardo Eleutério, diretor da Bradesco Asset, a gestora está em um estágio avançado de lançamento do produto.

    “A sinergia entre Brasil e China, reforçada pelo programa ETF Connect, não só atende às demandas atuais de diversificação dos investidores, mas também cria oportunidades de longo prazo”, diz, também em nota.

    “Enxergamos esse projeto como uma plataforma para expandir nossa presença em mercados-chave e aumentar a atratividade do mercado de capitais brasileiro. Essa iniciativa traduz nossa visão de futuro, em que inovação, performance consistente e parcerias internacionais andam juntos.”

    Carlos Augusto Salamonde, head de Global Investment Management do Itaú Unibanco, diz que a iniciativa conecta investidores de dois países que ocupam papéis relevantes no cenário global e com mercados de capitais com características complementares.

    “É uma iniciativa que se alinha ao nosso propósito de buscar as melhores oportunidades de investimentos para os nossos clientes, com diversificação geográfica e de ativos, e se alinha à agenda de expansão internacional da Itaú Asset, ampliando o escopo e o alcance de nossas ofertas e estratégias”, disse em nota.

    *Com informações do Valor Econômico

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