Alphabet contra-ataca Microsoft em disputa por domínio de inteligência artificial; ações da controladora do Google sobem mais de 4%
A disputa pelo domínio da inteligência artificial está bem encaminhada, com a Microsoft e a Alphabet, controladora do Google, na liderança. Um novo conjunto de recursos com inteligência artificial para o Google pode ajudar a impedir a tentativa de incursão da Microsoft nos mecanismos de pesquisa, mas os analistas ainda veem a Alphabet na defensiva.
O Google revelou uma série de recursos generativos de inteligência artificial na quarta-feira. Os acionistas da Alphabet e os analistas de Wall Street pareciam seguros sobre sua capacidade de manter o domínio do mecanismo de busca contra o Bing da Microsoft e sua crescente integração com o ChatGPT desenvolvido pela OpenAI.
“Acreditamos que a apresentação tranquilizou os investidores de curto prazo sobre a falta de inovação em inteligência artificial versus a Microsoft e a OpenAI”, escreveram analistas da Oppenheimer, liderados por Jason Helfstein, em relatório.
Os analistas da Oppenheimer disseram que até agora há poucas evidências de que os volumes de pesquisa do Google tenham sido afetados por chatbots com inteligência artificial. Dados da empresa de pesquisa de mercado Statcounter mostram que o Google em abril tinha quase 93% de participação de mercado, com o Bing perto de 3%, indicando pouca oscilação em relação ao mesmo período do ano passado.
As ações da Alphabet fecharam em alta de mais de 4% na Nasdaq. Leia completo Bolsas dos EUA: Nasdaq se descola e fecha em alta com ajuda do Google; Dow Jones e S&P 500 caem.
No entanto, a disputa da inteligência artificial parece se estender muito além dos mecanismos de busca, já que o Google disse que seu modelo de linguagem de próxima geração, PaLM 2, alimentará 25 produtos, enfrentando o modelo GPT-4 da OpenAI, apoiado pela Microsoft. “Continuamos a acreditar firmemente que o investimento inicial da Microsoft no ChatGPT foi a chave para o avanço na frente da inteligência artificial.”
Um foco particular será a integração de inteligência artificial do Google em serviços de computação em nuvem, onde a Alphabet é atualmente a terceira colocada. A Microsoft espera que seus desenvolvimentos de inteligência artificial a ajudem a desafiar os Amazon Web Services da Amazon no negócio de nuvem.
Analistas da Macquarie Research também veem o Google tentando “acompanhar o ritmo” da Microsoft em computação em nuvem. Eles observam que a parceria estratégica do Google com a plataforma de desenvolvimento de software Replit, anunciada em março, parece uma resposta à integração da Microsoft de ferramentas de codificação de inteligência artificial em sua plataforma GitHub. O aumento da produtividade na codificação permitido pela inteligência artificial tem sido uma das aplicações mais marcantes da tecnologia até agora.