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Ajuda ao Rio Grande do Sul não vai afetar meta do déficit zero, diz Haddad
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na noite desta sexta-feira (10) em São Paulo que o pacote de ajuda anunciado pelo governo federal ao Rio Grande do Sul, estimado em quase R$ 51 bilhões, não vai comprometer a sua política que busca a meta de resultado primário zero para o ano que vem.
“Não (compromete) porque os gastos com calamidade pública, como aconteceu na pandemia, e estamos falando de uma coisa bem menor, já que a pandemia afetou o Brasil inteiro por muitos meses, mas os números preliminares para a reconstrução do Rio Grande, já divulgados pelo governador, é uma fração do que teve que se investir na pandemia”, afirmou.
No mesmo dia que o governo Lula anunciou um pacote com 12 medidas que poderão injetar R$ 50,9 bilhões na economia gaúcha, o governador do estado, Eduardo Leite (PSDB), estimou em cerca de R$ 19 bilhões o valor para reconstruir o Estado – só em pontes derrubadas pelas águas, seriam destinados pelo menos R$ 3,6 bilhões.
Especialistas estimaram, contudo, que a cifra para o pós-desastre pode chegar a pelo menos R$ 90 bilhões.
Dinheiro de ajuda ao RS pode aumentar
Ao comparecer ao lançamento de um livro de Gabriel Chalita (que foi seu secretário de educação na prefeitura de São Paulo) num teatro da cidade, Haddad concordou que o valor total para recuperar o Rio Grande do Sul, inclusive das medidas anunciadas pelo governo federal, pode aumentar nas próximas semanas diante de novas necessidades.
“Isso (a ajuda ao Estado) não consta para fins de cumprimento da meta. Todo caso de calamidade tem uma contabilidade apartada, é um evento que, esperamos, vai acontecer uma vez e não vai se repetir no ano que vem, nos outros anos”, afirmou.
A contabilidade separada, ressaltou o ministro, vai ter acompanhamento do Tribunal de Contas da União (TCU).
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