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XP (XPBR31) promete melhora de margens e disciplina de custos
Executivos da XP (XPBR31) prometeram nesta terça-feira (27) disciplina de custos e melhora de margens nos próximos anos, enquanto a plataforma tenta sustentar o ânimo dos investidores após uma queda sequencial no quarto trimestre.
“Esperamos ver nossa margem melhorando nos próximos dois anos”, disse o presidente-executivo da plataforma de investimentos, Thiago Maffra, em teleconferência com analistas.
A XP anunciou após o fechamento do mercado que teve lucro líquido de R$ 1,04 bilhão no quarto trimestre de 2023, aumento de 33% ano a ano, mas leve queda ante os R$ 1,09 bilhão do trimestre imediatamente anterior.
O lucro antes de impostos (EBT, na sigla em inglês) foi para R$ 995 milhões, crescimento anual de 35% e queda de 14% no comparativo trimestral.
A chamada margem Ebit, de 24,6%, também subiu ano a ano (23,2%), mas caiu sequencialmente (28%).
Maffra disse que esse indicador pode ir de 26% a 32% até 2026.
Além disso, prometeu disciplina nos custos, esforço que levou a XP a um índice de eficiência de 36% no quarto trimestre, o melhor desde que a companhia estreou na Nyse em 2019.
O executivo indicou ainda expectativa de que as chamadas novas verticais, motores do crescimento das receitas nos últimos trimestres, seguirão fortes em 2024.
Essas novas verticais incluem linhas de negócios como planos de previdência, cartões, crédito e seguros.
Além disso, ele prometeu para este ano o lançamento de uma conta bancária digital para pequenas e médias empresas.
Ações
Os comentários surgem no momento em que a XP tem enfrentado crescente concorrência no mercado de investimentos para pessoas físicas, especialmente do BTG Pactual.
Além disso, a atividade mais fraca do mercado de capitais têm limitado a demanda de clientes por produtos de investimentos que rendem maiores receitas para a XP.
As receitas de varejo tiveram alta de 24% em 12 meses para R$ 3,1 bilhões, e queda de 1% no trimestre.
Sem muita clareza dos investidores sobre quando haverá uma melhora mais sólida do mercado, as ações da XP têm mostrado um comportamento misto.
Enquanto nos últimos 12 meses o papel da companhia praticamente dobrou de preço, de agosto para cá teve queda de 10%.
De todo modo, de 10 casas de análise que avaliam o ativo, nove seguem com recomendação de compra, uma com manutenção, segundo o Wall Street Journal.
Juntamente com os resultados, a XP anunciou um programa de recompra de até 2,5 milhões de ações que valerá até o final deste ano.
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