Melhores e piores do Ibovespa em janeiro: MGLU dispara mais de 60%; AMER3 desaba 80%

Veja as ações que mais caíram e mais subiram na bolsa em janeiro de 2023

Detalhe do site do Magazine Luiza (MGLU3). Foto: Rafael Henrique/SOPA Images/Reuters
Detalhe do site do Magazine Luiza (MGLU3). Foto: Rafael Henrique/SOPA Images/Reuters

O varejo esteve nas duas pontas do Ibovespa no que diz respeito aos maiores ganhos e perdas do índice ao longo de todo o mês de janeiro. O Magazine Luiza (MGLU3) aproveitou as intempéries no setor, com a crise da Americanas (AMER3), para alavancar suas ações: a empresa valorizou 61,68% ao final do pregão desta terça (31) no acumulado do mês.

Logo depois da explosão da crise da Americanas, quando o então CEO Sérgio Rial divulgou um rombo no balanço da Americanas de R$ 20 bilhões, o Magazine Luiza conseguiu conter o mau humor do mercado em relação ao setor de varejo. A empresa chegou a despencar no dia em que estourou a crise da concorrente, mas logo os investidores entenderam que o Magalu tinha potencial para abocanhar a maior parte do mercado que hoje pertence a Americanas.

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Depois do Magalu, o maior destaque do Ibovespa em janeiro foi a CSN, com os tickers CMIN3 e CSNA3, cujas ações registraram altas de 31,86% e 27,49%, respectivamente. A empresa se beneficiou do clima positivo no mundo para as commodities, que alavancaram o resultado da empresa com a proximidade de um reaquecimento da economia chinesa, após a derrubada das restrições de circulação por conta do aumento dos casos de covid.

Em seguida, destaque para a Natura (NTCO3), que foi alavancada nos últimos dias com os rumores de uma possível compra da Aesop por empresas concorrentes. A empresa de cosméticos fechou em alta de 25,5% no mês, com metade desse ganho apenas nos últimos sete dias, quando a empresa se valorizou 12,6% na bolsa.

Logo atrás da Natura vem o Pão de Açúcar (PCAR3). A empresa do setor de varejo alimentar fechou a lista das melhores ações do mês de janeiro com valorização de 25,12%. No começo de janeiro, o grupo teve cisão do Grupo Éxito aprovada pelo conselho de administração. A empresa também anunciou aumento de capital com capitalização de reservas, sem emissão de novas ações.

Americanas lidera perdas

Na ponta oposto, das perdas, a Americanas, como era esperado, liderou as perdas do Ibovespa, mesmo tendo abandonado o índice ao longo do mês, depois de anunciada a recuperação judicial da empresa.

A empresa perdeu 82,18% do valor dos seus papéis. O mês de janeiro foi o responsável pela maior parte da queda das ações da empresa nos últimos 12 meses, quando a Americanas perdeu 94,52% do valor na bolsa. Chegando a ser negociado como penny stock, a empresa vem anotando valorizações consecutivas na última semana, mas insuficientes para tirá-la da posição de maior perdedora da bolsa.

A varejista levou para o rol de piores ações do Ibovespa em janeiro o BTG (BPAC11), um dos maiores credores da empresa. O BTG, inclusive, iniciou uma briga na justiça logo depois de anunciada a recuperação judicial para tentar evitar que a Americanas pudesse postergar o pagamento de suas dívidas.

A Alpargatas (ALPA4) também ficou entre as piores com a queda no valor das suas ações após anúncio do fechamento de sua fábrica no Nordeste, algo visto pelo mercado como a deterioração da situação financeira da empresa.

Raízen (RAIZ4) e Marfrig (MRFG3) também estiveram entre as piores do mês.

Melhores de janeiro

  • Magazine Luiza (MGLU3): +61,68%
  • CSN Mineração (CMIN3): +31,86%
  • CSN (CSNA3): +27,49%
  • Natura (NTCO3): +25,5%
  • Pão de açúcar (PCAR3): +25,12%

Piores

  • Americanas (AMER3): -82,18%
  • Raizen (RAIZ4): -12,03%
  • Marfrig (MRFG3): -11,15%
  • Alpargatas (ALPA4): -9,48%
  • BTG (BPAC11): -9,25%
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