Petrobras (PETR4): Lula demite Jean Paul Prates

Magda Chambriard é a mais cotada para assumir o cargo

O presidente Lula resolveu demitir Jean Paul Prates da presidência da Petrobras (PETR4).

Essa decisão acontece um mês depois de a empresa pagar metade dos dividendos extraordinários. A posição era defendida por Prates e pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

A mais cotada para assumir o posto é a ex-diretora-geral da estatal, Magda Chambriard.

Posição de Prates

Diante do anúncio, Prates enviou uma carta ao conselho de administração da companhia. No documento, ele pediu por uma reunião para negociar o encerramento antecipado de seu mandato.

De acordo com comunicado da petrolífera, Prates ainda informou que se o pedido de encerramento do mandato for aceito, ele também apresentará sua renúncia ao cargo de membro do conselho de administração da Petrobras.

Prates assumiu o comando da estatal no início do governo Lula, mas nos últimos tempos ele se tornou figura chave na polêmica sobre a distribuição de dividendos extraordinários da Petrobras.

Ainda se indispôs com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Petrobras em queda

Simultaneamente, os recibos de ações (ADRs) ordinárias da Petrobras têm forte baixa no pós-mercado dos Estados Unidos.

Os papéis recuavam 6,9% para US$ 15,54 perto das 21h (horário de Brasília).

Enquanto que no fechamento dos negócios, o ADR da estatal terminou a US$ 16,69, com baixa de 2,05%.

Risco político

Então, a Ativa investimentos classificou como negativa a saída de Jean Paul Prates da presidência da Petrobras.

Pois ele teria desempenhado um “bom papel” na companhia, e a mudança também ratifica um “maior risco político da empresa”.

Aos olhos da gestora, Prates era capaz de equilibrar “os interesses econômicos e políticos da empresa com sabedoria”.

Adicionalmente, a Ativa também destacou que, nesta terça-feira, durante a teleconferência de resultados da Petrobras, Prates teria reforçado “seu compromisso com a remuneração do investidor e o investimento em ativos de petróleo.

Logo, o assunto voltará a ficar sob reavaliação após a nova mudança de gestão.

Com informações do Valor Pro, serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico