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A guerra no Oriente Médio fez o barril de petróleo disparar no mercado internacional. O setor de petróleo foi o único a subir no Ibovespa, mas as ações da Petrobras perderam força ao longo do dia. O barril de petróleo Brent subiu 5% na ICE, atingindo o maior preço em um mês, a US$ 77,72. A alta do petróleo também beneficiou as ações da Prio e PetroReconcavo. O dólar subiu 0,45% contra o real, contribuindo para a valorização da Petrobras no pregão.
A escalada da guerra no Oriente Médio fez o barril de petróleo disparar no mercado internacional nesta quinta-feira (3). Como resultado, o setor de petróleo é o único a subir no Ibovespa. Na parte da tarde, as ações ordinárias e preferenciais da Petrobras (PETR3;PETR4) lideravam altas no setor, mas perderam a posição para as ações da PetroReconcavo (RECV3).
O Ibovespa vive um dia de queda generalizada, com 77 das 86 ações listadas em queda.
O barril de petróleo Brent dispara 5% na Internacional Commodities Exchange (ICE) seguindo o acirramento da guerra entre Israel e Hezbollah, no Líbano. As forças da Israel prometeram, em retaliação ao ataque por mísseis do Irã, ataques a plataformas de petróleo iranianas. A alta do petróleo também beneficia as ações da Prio (PRIO3).
Petrobras (PETR3;PETR4) lidera as poucas altas do Ibovespa
Apesar de o pregão no Ibovespa apontar para uma queda generalizada das ações, a promessa de ataques israelenses a plataformas de óleo do Irã fez com que a Petrobras (PETR3;PETR4) subisse cerca de 1% no Ibovespa pela manhã.
Mas, a partir do início da tarde, as ações Petrobras ON (PETR3) e PN (PETR4) perderam força no índice. Somente na parte final do dia, as ações retomaram a tendência de alta. Petrobras ON (PETR3) subiu 1,52%, enquanto a PN (PETR4) avançou 1,12%.
Já entre as petroleiras privadas, as ações da PetroReconcavo subiram 1,83%, ganhando força ao longo do dia. Outra a engatar alta nesta quinta-feira foi a Prio (PRIO3), cujas ações registraram avanço de 1,11%.
O ativo da Brava Energia (BRAV3), registrou forte oscilação, mas firmou alta de 1,14% ao final do pregão.
Vale destacar que a Petrobras (PETR3;PETR4) era a ação com maior alta do Ibovespa, mas o posto fica, pelo momento, com o papel da Natura (NTCO3), que subiu 2,59%.
Petróleo em alta de 5%: guerra leva a maior preço em 1 mês
A guerra entre Israel e Hezbollah, que teve envolvimento recente do Irã, levou o barril Brent a subir 4,88% nesta quinta-feira (3) segundo dados da ICE, além de fazer Petrobras (PETR3;PETR4) se destacar no Ibovespa.
Assim, o barril de petróleo chegou ao maior preço dentro do recorte mensal, a US$ 77,72 por unidade. A commodity chegou a disparar mais de 5%, mas recuou durante o fim do pregão.
A última vez em que o barril de petróleo fechou acima deste patamar foi em 27 de agosto, quando chegou a valer US$ 77,98.
Para Raphael Faucz, analista de Energia da consultoria Rystad Energy, o petróleo Brent “pode chegar a US$ 80 rápido” porque o mercado ainda está calibrando projeções sobre o acirramento do conflito.
“Existe um posicionamento especulativo apostando na queda (short) no mercado de petróleo, e já vimos um desmonte dessas projeções”, diz Faucz. “Mas o acirramento pressionará a recompra desses papéis, levando a uma oscilação para cima”, completa.
Assim como o petróleo, o dólar registra alta contra o real nesta quinta-feira, acompanhando o aumento das tensões no Oriente Médio. A moeda americana subiu forte pela parte da manhã, mas perdeu força conforme o andamento do pregão.
No momento, o dólar subiu 0,54% contra o real. Isso também contribui para a valorização da Petrobras (PETR3;PETR4) no pregão.
No cenário global, o dólar também registra força contra pares importantes, como o euro e o iene. O índice DXY, responsável por comparar o dólar com moedas de economias desenvolvidas, soubiu 0,29%.