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‘Reação exagerada’, diz CEO do Bradesco sobre queda das bolsas por medo de recessão nos Estados Unidos
Empresas citadas na reportagem:
Os mercados financeiros estão reagindo de forma exagerada aos temores de forte desaceleração da economia dos Estados Unidos (EUA). Esta foi a avaliação do presidente-executivo do Bradesco (BBDC4), Marcelo Noronha, em relação ao tombo das bolsas de valores nesta segunda-feira (5)
“Achar que tem recessão em curso em função de dado de emprego me parece reação extremada”, disse durante apresentação a jornalistas sobre os resultados do banco no segundo trimestre.
O receio de que a maior economia do mundo possa entrar em recessão surgiu após dados para o mercado de trabalho nos EUA mostrarem, na sexta-feira (2), que o país reduziu velocidade de geração de novas vagas.
Além disso, também registrou aumento de pedidos de seguro desemprego.
Como efeito, houve uma reversão de expectativas com relação ao crescimento da economia dos EUA, ao mesmo tempo em que cresce a pressão sob o Fed (banco central dos EUA) para que corte os juros.
Nesta segunda-feira, o índice Nikkey, da Bolsa do Japão, caiu 12%, maior queda diária desde outubro de 1987.
Em Wall Street, o índice Nasdaq chegou a cair 6%. Por volta das 11h45 (horário de Brasília), a queda diminuía para ao redor de 3%.
‘Vemos cenário juros mais constante no Brasil’, diz Noronha
Apesar das incertezas, o presidente do Bradesco disse que vê um cenário de taxa de juros mais constante no Brasil e que ainda não trabalha com possibilidade de alta.
“A expectativa este ano é de PIB de 2,3%”, disse Marcelo Noronha a jornalistas.
Ele frisou ainda que uma queda de juros pelo Fed pode ajudar o Brasil a não ter que subir a taxa.
Bradesco (BBDC4) pode ser ainda mais conservador
Apesar da avaliação inicial de que o movimento das bolsas, Noronha salientou que o banco já vem adotando uma postura mais conservadora na concessão de crédito.
Dessa forma, avaliou, o Bradesco estaria mais preparado para enfrentar um cenário com piora das condições financeiras internacionais.
“A gente está com nível de aprovação de crédito em níveis inferiores a 2019, antes da pandemia”, disse Noronha a jornalistas.
Mais tarde, em teleconferência com analistas, o executivo afirmou que o banco está pronto para ser ainda mais rigoroso nas concessões de empréstimos, se necessário.
A gente pode ainda regular ainda mais esse apetite a risco, em linhas como para a baixa renda e para pequena e média empresa, afirmou
Com informações do Valor Econômico.
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