ELET3: por que bancos recomendam ter Eletrobras na carteira na agora?

Papéis da companhia de energia patinam em 2024, mas acumulam valorização de quase 20% em 12 meses

Linha de transmissão de energia da Eletrobras (ELET3). Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Linha de transmissão de energia da Eletrobras (ELET3). Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Três bancos brasileiros recomendam a compra de ações ordinárias da Eletrobras nas carteiras de setembro. O Itaú BBA incluiu ELET3 no portfólio para o mês. Enquanto o BTG Pactual elevou a exposição, de 10% para 15%, e o Safra reiterou a aposta na empresa de energia.

No fechamento de terça-feira (3), os papéis da companhia eram cotados a R$ 41,70 na B3. O valor representava queda de 0,6% no acumulado de 2024.

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Mas apresentava uma valorização de 19,6% considerando os últimos 12 meses.

ELET3: por que investir agora?

“Nossa preferência pela Eletrobras é justificada por um valuation atrativo e grande capacidade de geração de caixa”, diz o Itaú BBA.

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“Bem como um alto potencial de pagamento de dividendos no longo prazo e catalisadores positivos no curto e médio prazo”, acrescenta o banco.

Dessa maneira, ao recomendar ELET3, o Itaú BBA avalia que a companhia tem um potencial relevante de corte de custos. O que poderá impulsionar o resultado operacional (Ebitda) ao longo dos próximos anos.

“Teremos alto potencial de valorização, uma vez que a companhia está otimizando sua estrutura fiscal. Como, por exemplo, a incorporação da subsidiária Furnas à estrutura da holding”, prossegue o BBA.

“Além disso, a empresa é a mais exposta a preços de energia de longo prazo dentre a nossa cobertura dado o seu balanço energético descontratado. Beneficiando-se das tendências de alta dos preços de energia”, completa o banco.

Acordo com governo e redução de riscos

Para o BTG Pactual, as ações ELET3 possuem catalisadores esperados para o segundo semestre de 2024. Isso vinculados ao processo de reestruturação e a um potencial acordo com o governo federal.

“A empresa tem apresentado resultados sólidos nos últimos trimestres, refletindo cortes de custos (por exemplo, despesas com PMSO). E esperamos que essa tendência continue”, diz o banco.

“Ao mesmo tempo, a volatilidade dos preços da energia durante a estação seca pode criar oportunidades para a venda de sua energia não contratada”, acrescenta o BTG.

Em relação à disputa entre governo e Eletrobras no STF, a instituição lista os pontos em negociação:

  • Assentos no Conselho de Administração e no Conselho Fiscal da Eletrobras;
  • Pagamentos antecipados a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE);
  • Desinvestimento da participação da Eletrobras na Eletronuclear, incluindo o projeto Angra 3.

Assim, o BTG considera um acordo como positivo.

“Especialmente se incluir o desinvestimento da Eletronuclear. O que reduziria os riscos relacionados à ação e possivelmente transferiria os riscos relacionados à Eletronuclear e ao projeto Angra 3 para o governo.”

Ganhos potenciais

Por último, o Safra explica o motivo de manter ELET3 entre as ações recomendadas.

“O processo de turnaround iniciado após a privatização trará boas oportunidades de destravamento de valor. Como corte de custos e despesas, alteração na estratégia de vendas e ganhos potenciais de uma maior eficiência fiscal”, anota o banco.

“Adicionalmente as ações da companhia performaram abaixo do setor nos últimos 12 meses. E, em nossa visão, oferecem uma boa oportunidade de exposição”, afirma o Safra.

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.


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