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Quer comprar ações do Banco do Brasil (BBAS3)? Itaú BBA vê ‘bom ponto de entrada’ agora
Empresas citadas na reportagem:
“Nossa primeira escolha entre os grandes bancos”. Assim resume o Itaú BBA ao reiterar a recomendação de compra das ações do Banco do Brasil (BBAS3).
Em relatório, os analistas Pedro Leduc, Mateus Raffaelli e William Barranjard destacam que seguem com visão positiva para os papéis, apesar das adversidades do mercado.
“Diante da recente fraqueza da ação, sugerimos ser um bom ponto de entrada no papel”, afirmam.
O preço-alvo do time de bancos do Itaú BBA é de R$ 65 ao fim de 2024, enquanto os papéis BBAS3 estão sendo negociados atualmente na faixa de R$ 55.
Preocupações do mercado
Ao reforçar a recomendação de compra das ações do Banco do Brasil, o Itaú BBA divide a análise em cinco fatores. O primeiro deles avalia que lucros fortes e consistentes da instituição financeira ao longo de 2024 tendem a aliviar as preocupações do mercado.
Sendo a principal delas, até aqui, se o BB já ultrapassou o pico de ganhos na receita líquida de juros (NII).
“Parte do desconto do valuation vem dos mercados que esperam que o retorno sobre o patrimônio (ROE) acabe diminuindo dos atuais 21%. Mas, em nossa avaliação, o ano já deve começar com força (R$ 9,5 bilhões de lucro) para dissipar esse medo, mais do que compensando os ventos contrários da margem financeira do câmbio argentino e uma Selic mais baixa”, escrevem os analistas.
“Enquanto a NII total cresce ao longo do ano, a eficiência continua e as despesas com provisões diminuem. Projetamos um lucro em 2024 no topo do guidance (orientação da empresa), de R$ 38,9 bilhões, alta de 10% em um ano e ROE de 21%”, continua a equipe do BBA.
Combinação frutífera
Para os analistas, a discussão sobre o risco político vai e vem com o BB geralmente provando ter bons pontos de entrada.
“Vemos uma situação de crescimento/lucro muito equilibrada para todos os acionistas, com bons números para todos os lados, além de se tornar o grande banco que mais cresce no crédito pelo terceiro ano em 2024”, indicam.
“Suas taxas são competitivas e os spreads do crédito gerencial são os mais baixos em 10 anos. Ao mesmo tempo, o BB está aumentando os lucros e sendo capaz de elevar seu pagamento de dividendos para agora 45%”, acrescentam.
Força do agro
Na sequência do relatório, os profissionais do Itaú BBA apontam a capacidade do Banco do Brasil de responder às preocupações agrícolas.
“Em nossa opinião, as quebras de colheita agrícola e inadimplências corporativas que temos visto nos jornais deverão ter um impacto muito limitado nos volumes e inadimplência do BB diante da situação geográfica e diversificação de produto”, explicam.
“Além disso, estimamos que a maior parte (cerca de 2/3) dos seus créditos agrícolas também está segurada contra alterações climáticas”, sustentam.
Dividendos atrativos
Simultaneamente, o Itaú BBA destaca que o Banco do Brasil oferece rendimento de dividendos de aproximadamente 10% a preços correntes e o ponto médio da orientação de lucro.
“O que coloca o banco como um dos três principais pagadores de dividendos no Ibovespa, juntamente com a BB Seguridade. Este perfil de crescimento de dividendos protege o valor e atrai fluxos a um ambiente de taxa mais baixa”, comentam os analistas.
BBAS3 é compra
Finalmente, o time do banco de investimentos detalha por que o BB é a “primeira escolha entre os grandes bancos”. A principal expectativa é que será o terceiro ano consecutivo que o banco público apresentará ROE de 20%, demonstrando sólida transição de gestão e execução consistente.
“Em relação às ações, vemos que o papel deveria ser negociado bem acima do valor contábil. No entanto, os mercados devem reavaliá-lo com base na entrega ao longo do tempo”, consideram os analistas.
“Entre os grandes bancos, Santander Brasil (SANB11) e Bradesco (BBDC4), o Banco do Brasil continua sendo o único com recomendação de ‘compra’ diante da melhor dinâmica de lucro tanto via NII quanto risco de crédito, algo que deverá ser reforçado no primeiro trimestre. BB (BBAS3), BTG (BPAC11) e Nubank (ROXO34) são nossas principais escolhas no segmento bancário”, completam.
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