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Commodities sobem com risco de conflito; ouro avança com busca por proteção
Os metais básicos e as commodities agrícolas são negociados em alta, em meio às tensões entre Rússia e Ocidente envolvendo a Ucrânia, diante do receio de uma invasão russa iminente, após declarações de Washington durante o fim de semana. Já o ouro é beneficiado pela busca por proteção em ativos seguros.
Um dos maiores exportadores mundiais de petróleo, a Rússia também é um grande produtor de metais, incluindo alumínio e níquel, e responde por cerca de 40% do paládio. Além disso, Rússia e Ucrânia são grandes exportadores de grãos, respondendo por quase um terço das exportações de trigo e cevada.
No mercado de commodities agrícolas, o trigo segue em alta, após o maior ganho semanal desde novembro. Milho e soja também avançam. Nos metais básicos, o alumínio lidera os ganhos entre as principais commodities industriais.
Mais cedo, em Londres (LME), O contrato de três meses de alumínio subia 2,1%, a US$ 3.202 a tonelada.
Já no mercado de energia, o barril do petróleo de referência internacional (Brent) segue cotado acima de US$ 90, enquanto o preço de referência do gás europeu renova os níveis mais altos do ano.
“O impacto vai além do petróleo e do gás”, resumiu Wai Ho Leong, estrategista da Modular Asset Management, em Cingapura. “Para o mundo, há o risco potencial de um choque alimentar maciço”, emenda.
Às 8h45, o contrato futuro para abril do ouro subia 0,86%, a US$ 1.856,70 por onça-troy, apesar da alta do dólar. No mesmo horário, o índice DXY subia 0,27%, aos 96.34 pontos. Já o rendimento (yield) do Treasury referencial americano de 10 anos (T-note) estava em 1,928%, de 1,943%, com respectiva alta dos preços, em meio à maior procura.
“Os desdobramentos geopolíticos devem manter os investidores ansiosos esta semana e levar à procura por ativos seguros, como o dólar e os Treasuries”, afirmou o MUFG Bank, em nota.
Com Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico
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