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Caixa Econômica avalia oferta subsequente de ações da Caixa Seguridade (CXSE3)
Empresas citadas na reportagem:
A Caixa Econômica Federal avalia fazer uma oferta subsequente de ações da Caixa Seguridade (CXSE3), segundo uma fonte com conhecimento direto do assunto disse à Inteligência Financeira .
O objetivo é atender um compromisso firmado com a B3 para elevar o volume de ações da seguradora no mercado.
Desde a listagem no Novo Mercado da bolsa, em abril de 2021, a Caixa Seguridade (CXSE3) mantém apenas 17,25% do capital em circulação no mercado.
Os outros 82,75% seguem nas mãos da controladora, a Caixa Econômica.
“É para cumprir um acordo com a bolsa”, disse a fonte, que pediu anonimato porque o assunto é sigiloso.
Novo Mercado
Pelas regras do Novo Mercado, segmento com regras superiores de transparência e governança, as empresas precisam ter ao menos 20% das ações negociadas no mercado.
Assim, o descumprimento dessa regra por um período prolongado pode levar a companhia à deslistagem do Novo Mercado.
No último ano e meio, segundo a B3, a companhia obedece uma regra transitória, que cobra manter ao menos 15% de ações em circulação, desde que o volume financeiro médio diário de negociação das ações seja superior a R$ 20 milhões.
Agora, contudo, a Caixa Econômica avalia aproveitar o bom momento recente da ação para fazer o enquadramento e aumentar o volume de ações no mercado.
Com a combinação de bons resultados operacionais (o lucro de 2023 cresceu 30%, para R$ 3,6 bilhões) e elevado nível de dividendos (a companhia distribuiu 85% do lucro aos acionistas no ano passado), a ação ganhou atratividade no mercado.
Nos últimos 12 meses, a ação da Caixa Seguridade (CXSE3) acumula valorização de cerca de 120%. No mesmo período a valorização do Ibovespa foi de aproximadamente 27%.
Além disso, o papel passou a fazer parte da cesta de América Latina do MSCI, importante índice internacional de ações.
Adicionalmente, Itaú BBA e Bank of America previram recentemente que CXSE3 deve passar a fazer parte da nova composição do Ibovespa, em maio.
Na prática, isso faz o ativo ser mais demandado por grandes investidores, como o de fundos, cujas carteiras seguem os índices.
Dinheiro vai pro controlador
Como trata-se de uma oferta secundária, isto é, de papéis detidos por um acionista, os recursos da venda não irão todos para a Caixa Econômica.
Segundo a fonte, o banco ainda não definiu nem o prazo nem o montante de uma oferta subsequente.
Porém, no cenário base, a intenção é de que ela aconteça nos próximos meses.
Com a venda de um lote suficiente apenas para o enquadramento às regras, cerca de 3% do capital, a operação movimentaria hoje aproximadamente R$ 1,5 bilhão.
Consultada sobre a intenção de vender uma fatia que detém hoje na seguradora, a Caixa Econômica afirmou em nota que “não há decisão tomada a respeito”.
“Se houver evolução acerca do tema o mercado será oportunamente comunicado”, acrescentou o banco no e-mail.
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