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Bolsas da Europa fecham em forte alta após comentários de Lagarde
As principais bolsas da Europa fecharam em alta nesta quinta-feira com uma melhora no setor financeiro como um todo após o Credit Suisse assegurar um empréstimo de até 50 bilhões de francos suíços – cerca de US$ 54 bilhões – do Banco Nacional da Suíça para estancar as dificuldades de liquidez do banco suíço.
Os investidores também se voltaram para a reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE). Às 10h15 (horário de Brasília), houve a divulgação da alta de mais 0,5 ponto percentual na taxa de juros na zona do euro. Além disso, Christine Lagarde, presidente da instituição disse que não vê risco de crise sistêmica e que garantirá liquidez aos bancos, caso seja necessário.
Política monetária segue restritiva
Por conta da crise de liquidez do Credit Suisse, o mercado precificava a possibilidade de uma redução no ritmo dos aumentos das taxas de juros ou até mesmo uma pausa no aperto monetário. Durante coletiva de imprensa, Lagarde afirmou que não vê problemas de liquidez nos mercados na zona do euro e que as turbulências recentes estão sendo monitoradas. “Estamos determinados a levar a inflação de volta à meta de 2%”, acrescentou a presidente do BCE.
“O BCE não deixou que a turbulência do mercado o dissuadisse de cumprir o aumento de 0,50 ponto percentual anunciado em fevereiro. Esse investimento em sua credibilidade é necessário porque os riscos de inflação permanecem altos”, apontou o economista-chefe do Commerzbank, Jorg Kramer, em relatório. “Agora esperamos que as taxas de juros atinjam um pico de 3,5% no verão, com o BCE provavelmente aumentando suas taxas de juros em 0,25 ponto percentual nas duas próximas reuniões”, acrescentou o analista do banco alemão.
Ritmo pode diminuir
O economista-chefe do Julius Baer, David Kohl, também espera que o BCE reduza o ritmo dos apertos para 0,25 ponto percentual na próxima reunião. “O BCE cumpriu as expectativas e elevou as taxas em 0,50 ponto percentual com a inflação ainda elevada. Ao mesmo tempo, o BCE passou a adotar uma abordagem mais dependente de dados, que agora também inclui o impacto de taxas de juros mais altas nas condições financeiras”, acrescentou o analista do banco suíço.
Ações
No fechamento, os papéis do Credit Suisse registraram forte alta de 18,68%, se recuperando após a forte crise de liquidez. O banco suíço anunciou um empréstimo de até 50 bilhões de francos suíços, cerca de US$ 54 bilhões, do Banco Nacional da Suíça para estancar as dificuldades de liquidez.
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