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Bolsas da Europa fecham em alta com inflação mais fraca na zona do euro
Os principais índices acionários da Europa fecharam em alta nesta quarta-feira, repercutindo a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro, que registrou desaceleração pela primeira vez desde junho do ano passado.
Além disso, os mercados renovaram o otimismo com a situação da China após as autoridades do país asiático sinalizarem a possibilidade de um relaxamento da política de covid zero.
Após ajustes, o índice Stoxx Europe 600 fechou em alta de 0,63%, a 440,04 pontos. O FTSE 100, índice de referência da bolsa de Londres, subiu 0,81%, a 7573,05 pontos, o DAX, de Frankfurt, avançou 0,29%, a 14.397,04 pontos, e o CAC 40, de Paris, registrou valorização de 1,04%, a 6.6738,55 pontos.
Entre os setores do Stoxx Europe 600, a principal alta ficou com o setor de produtos do consumo e serviços, que teve valorização de 3,23%. O segmento químico teve retração de 0,21%.
Dólar
As 14h10, o euro registrava queda de 0,06%, a US$ 1,03183, enquanto a libra avançava 0,09%, a US$ 1,19571.
Já o índice DXY, que mede o peso do dólar ante seis moedas de mercados desenvolvidos, operava em alta de 0,07%, a 106,902 pontos.
Inflação
O CPI da zona do euro registrou alta de 10,0% na leitura preliminar de novembro, no acumulado em 12 meses, conforme divulgou na manhã desta quarta-feira a Eurostat, o serviço de estatísticas da União Europeia.
O resultado veio abaixo do consenso projetado por economistas consultados pelo “The Wall Street Journal”, de uma alta de 10,4%.
“A inflação de energia foi o fator mais importante para a queda, passando de 41,5 para 34,9%. A inflação de alimentos continua em alta, enquanto o núcleo da inflação ficou estável em 5%. Isso ainda é muito alto, mas os sinais provisórios de que estamos no pico ou perto dele estão aumentando”, afirmou o analista do banco ING, Bert Colijn, em relatório.
“Ainda não se sabe se este é o pico da inflação, outro episódio na crise de energia poderia facilmente empurrar a inflação de volta para cima”, completou o analista do banco holandês.
Indicadores da França
Durante a madrugada, a inflação na França foi divulgada e teve alta de 6,2%, de acordo com dados preliminares.
O resultado é igual ao registrado no mês de outubro e veio ligeiramente acima dos 6,1% estimados pelos economistas consultados pelo “The Wall Street Journal”.
Já o Produto Interno Bruto (PIB) francês teve crescimento de 0,2% no terceiro trimestre, de uma expansão de 0,5% no segundo trimestre.
China
Os mercados ficaram otimistas em relação a um possível relaxamento da política de covid zero na China após declarações das autoridades chinesas de que medidas restritivas de longo prazo seriam “corrigidas e evitadas”.
Os comentários, junto com o anúncio de um aumento no ritmo da vacinação contra a covid-19 de idosos com mais de 80 anos, ajudou a elevar o otimismo dos investidores, em meio aos protestos que ocorrem desde o final de semana em oposição à política de covid articulada por Pequim.
Discurso de Powell
Os mercados aguardam pelo discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, na tarde de hoje. A expectativa é de que Powell possa dar mais sinais sobre os próximos passos do banco central americano.
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