Bolsas da Europa fecham em queda com investidores precificando aperto mais agressivo do BCE

Os mercados também repercutiram a divulgação de indicadores econômicos e a temporada de balanços

Os principais índices acionários da Europa fecharam em queda hoje, com os investidores esperando um aperto monetário mais agressivo do Banco Central Europeu (BCE), de 0,50 ponto percentual, na reunião marcada para o dia 2 de fevereiro. Os mercados também repercutiram a divulgação de indicadores econômicos e a temporada de balanços.

Após ajustes, o índice Stoxx 600 fechou em queda de 0,29%, a 452,07 pontos.

O índice DAX, de Frankfurt, teve queda de 0,08%, a 15,081,64 pontos e o FTSE 100, de Londres registrou retração de 0,16%, a 7.744,87 pontos.

O francês CAC 40 contabilizou queda de 0,09%, a 7043,88 pontos.

Entre os setores do Stoxx Europe 600, o segmento de lazer e turismo teve alta de 1,36%, enquanto o setor de energia registrou queda de 2,11%.

Euro e libra

Às 13h55, o euro registrava alta de 0,07%, a US$ 1,08971, enquanto a libra avançava 0,30%, a US$ 1,23670. Já o índice DXY, que mede o peso do dólar ante seis moedas de mercados desenvolvidos, operava em queda de 0,10%, a 101,81 pontos.

Aumento dos juros

Na leitura do analista do banco sueco SEB, Jussi Hiljanen, um aumento de 0,50 ponto percentual na taxa de juros do Banco Central Europeu (BCE) já está certo.

O analista do banco sueco aponta que a principal dúvida é se o BCE manterá uma postura “hawkish”, implicando outro aumento de 0,50 ponto percentual na reunião de março, ou se vai adotar um tom mais “dovish”, sinalizando uma redução de ritmo para um aumento de 0,25 ponto percentual em março.

O presidente do Banco Central da Irlanda e também membro do BCE, Gabriel Makhlouf, defendeu que a autoridade monetária europeia suba os juros em fevereiro e março em um ritmo similar ao da decisão de dezembro, quando as taxas básicas do BCE aumentaram em 0,50 ponto percentual.

“A inflação continua muito alta e os juros terão que subir significativamente em um ritmo constante para atingir níveis suficientemente restritivos para garantir um retorno da inflação à meta de médio prazo de 2%”, acrescentou Makhlouf em um evento do BC irlandês.

Indicadores

No front dos dados publicados hoje no continente europeu, o índice de confiança empresarial da Alemanha, que é medido Instituto Ifo, subiu para 90,2 em janeiro, de 88,6 em dezembro, registrando a quarta melhora mensal consecutiva, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira.

O aumento foi ligeiramente melhor do que a projeção dos economistas consultados pelo “The Wall Street Journal”, de 90,1.

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