Bolsas da Europa fecham em alta com desempenho positivo das ações do setor de energia

Bolsas europeias operaram com foco na produção de petróleo e no desempenho das empresas de energia

As bolsas europeias fecharam em alta nesta terça-feira, impulsionadas pelas ações do setor de energia, que registraram forte valorização ao longo da sessão após a Arábia Saudita negar a intenção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) de aumentar a produção da commodity em 500 mil barris.

Após ajustes, o índice Stoxx Europe 600 fechou em alta de 0,73%, a 436,22 pontos.

O FTSE 100, índice de referência da bolsa de Londres, subiu 1,03%, a 7.452,84 pontos, o DAX, de Frankfurt, avançou 0,29%, a 14.422,35 pontos, e o CAC 40, de Paris, registrou valorização de 0,35%, a 6.657,53 pontos.

Em Milão, o FTSE MIB fechou em alta de 0,96%, a 24.590,50 pontos, e o Ibex 35, de Madri, ficou estável a 8.325 pontos.

Entre os setores do Stoxx Europe 600, a principal alta ficou com o setor de energia, que teve valorização de 3,90% e o segmento de produtos e serviços do consumo teve retração de 0,47%.

Energia

As ações das companhias britânicas do setor de energia Shell, BP e Harbour Energy fecharam com forte alta na sessão de hoje depois que a Arábia Saudita rechaçou a possibilidade de um aumento na produção de petróleo da Opep.

A Shell encerrou a sessão com valorização de 4,54%, enquanto a BP contabilizou alta de 6,51% e a Harbour Energy avançou 7,04%.

As ações do setor de petróleo e gás devem continuar com ótimo desempenho no ano que vem, já que as preocupações com o suprimento de energia devem persistir até 2023, diz o Citigroup.

Com os ganhos corporativos em geral provavelmente enfrentando mais pressão, as ações de energia podem oferecer um refúgio relativamente seguro, afirmou o Citi.

Inflação

Apesar do dia positivo para os ativos de risco na Europa, os investidores também analisam o relatório da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para a zona do euro.

De acordo com o economista-chefe interino da organização, Álvaro Pereira, o Banco Central Europeu (BCE) terá que aumentar muito mais sua principal taxa de juros se quiser reduzir a inflação.

As taxas de inflação subiram desde que a invasão da Ucrânia pela Rússia elevou os preços da energia e dos alimentos.

Embora tenha havido alguns sinais recentes de que essas taxas estão próximas de seus picos, o grupo de pesquisa com sede em Paris disse que é improvável que a inflação caia rapidamente para o nível de 2% almejado por muitos bancos centrais.

Indicadores

No front dos dados publicados nesta terça-feira, a confiança do consumidor da zona do euro continuou seu movimento de recuperação em novembro, subindo para -23,9 na prévia, depois de fechar outubro a -27,6 e setembro em -28,8, o menor resultado desde o início do cálculo do indicador em 1985, de acordo com dados divulgados pela Comissão Europeia hoje.

O dado veio melhor que o consenso projetado por economistas consultados pelo “The Wall Street Journal”, que previa -26,6.

Na quarta, os mercados esperam pela publicação da leitura preliminar do índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) composto de França, Alemanha, Reino Unido e zona do euro.

Câmbio

Hoje, o euro e a libra avançam ante o dólar, com a primeira moeda registrando alta de 0,28%, a US$ 1,02745, enquanto a segunda subia 0,39%, a US$ 1,18718.

Já o índice DXY, que mede o peso do dólar ante seis moedas de mercados desenvolvido, operava em queda de 0,40%, a 107,398 pontos.

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