Bolsas da Europa fecham em alta com CPI e flexibilização de restrições na China

Os investidores acompanharam a publicação de diversos indicadores econômicos e a abertura na China

As bolsas europeias fecharam majoritariamente em alta nesta sexta-feira, repercutindo a publicação da inflação ao consumidor nos Estados Unidos, que veio mais fraca do que o esperado e a flexibilização da política de covid zero na China. A bolsa de Londres encerrou a sessão em retração, por conta da retração do produto interno bruto (PIB) e a possibilidade de uma recessão no Reino Unido.

Após ajustes, o índice Stoxx Europe 600 fechou em leve alta de 0,09%, a 432,26 pontos. O FTSE 100, índice de referência da bolsa de Londres, desceu 0,78%, a 7.318,04 pontos, o DAX, de Frankfurt, avançou 0,56%, a 14.224,86 pontos, e o CAC 40, de Paris, registrou valorização de 0,58%, a 6.594,82 pontos. Em Milão, o FTSE MIB fechou em alta de 0,25%, a 24.455,57 pontos, e o Ibex 35, de Madri, recuou 0,43%, a 8.098,10 pontos.

Entre os setores do Stoxx Europe 600, a principal alta ficou com o setor de produtos e serviços do consumo, com valorização de 3,33% e o segmento de mídia teve a maior retração da sessão, com queda de 1,27%.

Desde ontem, o apetite dos investidores foi impulsionado pelos dados do CPI dos EUA. Na margem, o indicador avançou 0,4%, mesmo ritmo de setembro e na base anual, o CPI teve alta de 7,7%, contra a alta de 8,2% em setembro e abaixo do consenso de um avanço de 7,9%.

Restrições na China

Os mercados também acordaram com uma notícia positiva vinda da China. As autoridades do país asiático anunciaram que as restrições à entrada no país por via aérea foram aliviadas, incluindo a duração do período de quarentena que os visitantes de entrada devem ser submetidos. As medidas restritivas de regiões que registram uma alta de casos de covid-19 também foram flexibilizadas. De acordo com as autoridades chinesas, a flexibilização visa reduzir o impacto da política de covid zero no crescimento econômico. As mudanças ocorrem em um momento de alta de casos de coronavírus no país asiático.

Indicadores

No front dos dados publicados hoje no continente europeu, a economia do Reino Unido contraiu nos três meses até setembro e o produto interno bruto do país (PIB) caiu 0,7% em base anualizada no terceiro trimestre em comparação com os três meses até junho.

A contração no PIB do Reino Unido representa o início de uma recessão económica que deve durar todo o próximo ano, afirma Paul Dales, economista-chefe da Capital Economics para o Reino Unido, numa nota. O Reino Unido deve enfrentar uma recessão de cerca de 2%, com a inflação elevada e o efeito cumulativo das subidas de taxas de juro.

Na semana que vem, o ministro das Finanças do Reino Unido, Jeremy Hunt, vai discursar no Parlamento para apresentar seu plano para combater o déficit orçamentário do país

Já na Alemanha, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 10,4% em outubro em relação ao ano anterior medido pelos padrões nacionais, acima dos 10,0% de setembro.

De acordo com o Citi, os altos preços de energia na Alemanha aumentam os temores sobre o futuro do setor manufatureiro do país. Segundo os economistas, a Alemanha precisa fazer grandes investimentos em infraestrutura de energia e cadeias de suprimentos resilientes apenas para manter seu potencial econômico.

Câmbio

Hoje o euro e a libra registram alta ante o dólar, com a primeira moeda avançando 1,39%, a US$ 1,00339, enquanto a segunda subia 0,85%, a US$ 1,17929. Já o índice DXY, que mede o peso do dólar ante seis moedas de mercados desenvolvido, operava com perdas de 1,45%, a 106,640 pontos.

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