Bolsas de Nova York sobem com maior otimismo do mercado sobre teto da dívida dos EUA

Papéis da Tesla subiam dois dígitos depois que Musk disse que 'tentaria' anunciar dois novos produtos da montadora

As bolsas de Nova York operam em alta nesta quarta-feira (17), uma vez que os temores com relação ao teto da dívida dos EUA arrefecem. Além disso, papéis de bancos regionais animam Wall Street à medida que as preocupações com o setor também diminuem.

Às 10h50 (de Brasília), o índice Dow Jones subia 0,38%, o S&P, 0,34% e o Nasdaq, 0,22%.

Papéis da Tesla subiam 2,32%, a US$ 170,38, depois que Elon Musk disse, durante a noite de terça, que a fabricante de veículos elétricos “tentaria” anunciar dois novos produtos.

Papéis de bancos regionais também avançavam, como Western Alliance (+10,48%), que divulgou aumento nos depósitos.

Foco no debate sobre o teto da dívida

O Mizuho destaca que “o enredo sistêmico da crise de crédito terminou”. Já o BMO comenta que “há uma notável ausência de fundamentos no horizonte macro, deixando os investidores focados no debate sobre o teto da dívida”.

Nenhum acordo foi fechado na terça-feira, apesar de uma mudança no tom dos dois lados.

Negociações entre Biden e Congresso

Na manhã desta quarta, o presidente da Câmara dos EUA, o republicano Kevin McCarthy, disse à CNBC que não acredita que os EUA cheguem a um default.

Já o presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou ontem que vai encurtar uma viagem ao Japão, no âmbito do encontro do G7, para focar em alcançar um acordo.

O Commerzbank analisa que a reunião de terça entre o presidente dos EUA Biden e os líderes do Congresso ainda não conseguiu resolver a crise sobre o aumento do teto da dívida.

“Apesar de algum progresso nas negociações, ainda há obstáculos significativos a serem superados. Enquanto isso, o dinheiro está acabando”, diz o banco alemão.

Indicadores econômicos

Entre indicadores, o número de permissões para construções de novas moradias nos EUA caiu 1,5% em abril para 1,416 milhão de unidades ante número revisado de março, de acordo com dados preliminares ajustados sazonalmente divulgados há pouco pelo Departamento de Comércio.

A queda contrariou o avanço de 1,5% estimado pelo consenso de analistas consultados pelo “Wall Street Journal”. “Esperamos que a habitação comece a desacelerar à medida que o ano avança em meio a padrões de empréstimos mais rígidos e o surgimento de uma recessão”, diz a Oxford Economics.

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