Bolsas de NY fecham sem direção única com balanço de bancos dando sinais divergentes

Os papeis do Goldman Sachs e do Morgan Stanley se movimentaram em direções contrárias; PIB chinês e indicadores também afetaram humores

Os principais índices acionários de Nova York fecharam esta terça-feira (17) sem direção única, enquanto investidores avaliaram balanços corporativos divulgados mais cedo – com destaque para o setor bancário -, além do PIB da China e indicadores econômicos dos EUA.

O índice Dow Jones fechou em queda de 1,14%, a 33.910,850 pontos, o S&P 500 recuou 0,20%, a 3.990,97 pontos, e o Nasdaq sustentou alta de 0,14%, a 11.095,11 pontos.

Goldman Sachs despenca

Os papeis da Goldman Sachs registram queda de 6,44% após a companhia anunciar que teve um lucro menor do que o esperado no quarto trimestre.

Os resultados do banco foram pressionados por quedas nas receitas de banco de investimento e gestão de ativos.

Morgan Stanley sobe

Enquanto isso, o Morgan Stanley registrou números melhores do que o esperado e as ações registram valorização acentuada, de 5,91%.

“As expectativas de recessão em si não são más notícias para os mercados. O declínio nas expectativas de lucro, como resultado da recessão, sim. Então, todos os olhos estão voltados para os lucros das empresas”, apontou o Swissquote, em nota, no começo do dia.

Os investidores ficaram mais otimistas com os bancos ao longo da sessão. Kiran Ganesh, estrategista de ativos múltiplos do UBS, disse que há expectativa de que as taxas de juros mais altas aumentarão as receitas por meio de margens de juros líquidas mais amplas.

“Mas com taxas de juros mais altas também vem o risco de maiores perdas com empréstimos”, alertou, dizendo que os ganhos oferecem uma potencial verificação da realidade.

Tesla se destaca

De volta a ações específicas, as da Tesla dispararam 7,43% hoje e deram alguma sustentação aos índices Nasdaq e S&P 500. O movimento ocorreu após a montadora cortar preços para vários de seus modelos em grandes mercados como EUA, China e Alemanha.

‘Pibinho’ chinês

O Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 3% em 2022, segundo dados divulgados na noite de ontem.

Já as vendas no varejo e produção industrial do país tiveram desempenho melhor que o esperado em dezembro.

Indicadores

Entre indicadores nos EUA, destacou-se a queda brusca e inesperada do índice Empire State de atividade industrial, a -32,9 em janeiro, após registrar -11,2 em dezembro.

“As condições da manufatura nos EUA estão se deteriorando, pois os bancos centrais continuam a aumentar os juros e os temores por recessão restringem o avanço do setor”, avaliam os economistas Gurleen Chadha e Ryan Sweet, da Oxford Economics.

Leia a seguir

Leia a seguir