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Bolsas dos EUA fecham sem direção única com percepção de desaceleração econômica
Os índices das bolsas de Nova York fecham em queda nesta quarta-feira (5). Investidores avaliam o dado da American Data Processing (ADP) que mostrou criação de 145 mil vagas de trabalho nos EUA, bem abaixo das 210 mil vagas previstas.
A queda do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços americano a 51,2 em março, segundo leitura do Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês), reforçou a percepção de economia em desaceleração e também pressionou as bolsas.
Índices
O índice S&P 500 fechou em baixa de 0,25%, a 4.090,38 pontos.
O Nasdaq cedeu 1,07%, a 11.996,86 pontos.
Ao contrário da tendência geral, o Dow Jones avançou 0,24%, a 33.482,720 pontos.
Sentimento duplo com relação ao esfriamento
“Wall Street está percebendo que é necessário uma economia forte para manter as ações em alta”, avalia o analista-sênior de mercados da Oanda, Edward Moya. Segundo ele, investidores se moveram para a renda fixa americana e ações de setores defensivos – como serviços e bens de consumo essenciais, saúde e energia – após o relatório da ADP e o PMI de serviços do ISM levantarem a percepção de que a economia está em desaceleração.
“A razão para a qual não houve um movimento forte de vendas é porque muitos investidores esperam que o Federal Reserve (Fed) pode cortar os juros mais agressivamente no ano que vem”, ainda que mantenha os juros no nível atual em 2023, completa Moya.
Déficit comercial no radar
Em relatório, o Goldman Sachs destaca também o aumento do déficit comercial americano em fevereiro, a US$ 70,5 bilhões. Com os dados divulgados na manhã de hoje, o banco americano reduziu sua projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no primeiro trimestre em 0,3 ponto percentual (p.p.), a 2,3% em comparação com a taxa anualizada do mesmo período do ano passado.
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