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Bolsas de Tóquio e Hong Kong caem, mas Xangai avança com otimismo sobre empresas chinesas
As Bolsas asiáticas fecharam sem direção única, pressionadas pelas fortes perdas em Wall Street na véspera, com as preocupações quanto a uma potencial invasão russa na Ucrânia abatendo os mercados globais. As praças em Hong Kong e Tóquio caíram, enquanto Xangai subiu, com os investidores estrangeiros otimistas com as ações chinesas.
O índice japonês Nikkei 225 caiu 0,41%, aos 27.122 pontos, também reagindo aos números da inflação no Japão, que estão bem mais fracos que o observado na maioria das principais economias globais, enquanto o Hang Seng, na ex-colônia britânica, cedeu 1,88%, aos 24.328 pontos. Já a Bolsa de Seul ficou praticamente estável (+0,02%).
Os mercados foram pressionados pela escalada da tensão geopolítica entre Rússia e o Ocidente, uma vez que potências ocidentais rejeitaram as afirmações russas de retirada de militares na fronteira ucraniana. “Sem qualquer resolução clara no curto prazo, a incerteza de uma possível invasão é suficiente para manter o mercado avesso aos ativos de risco, ao mesmo tempo em que migram para portos seguros”, disse Yeap Jun Rong, do IG.
A exceção ficou com a Bolsa de Xangai, que subiu 0,66%, aos 3.491 pontos. O índice Xangai Composto acumula alta de pouco mais de 2% desde a volta do feriado do Ano Novo Lunar, em 6 de fevereiro, à medida que os investidores globais estão mais otimistas com as perspectivas para as ações chinesas.
Entre os motivos, estaria a divergência na condução da política monetária por parte do Banco Central chinês (PBoC), que vem adotando uma postura de maior flexibilização, em relação aos principais BCs ocidentais, que sinalizam retirada dos estímulos. “A China é, por várias razões, uma jogada segura neste ano”, disse Cameron Brandt, diretor de pesquisa da EPFR Global, à CNBC.
Segundo ele, os fundos de ações chinesas atraíram US$ 16,6 bilhões em recursos estrangeiros em janeiro, sendo apenas a quarta vez desde a pandemia que tal marca ultrapassou US$ 10 bilhões. Bancos de investimentos como Credit Suisse, UBS, BlackRock e Goldman Sachs também estão dobrando a aposta na China. Já o Morgan Stanley e o Bank of America continuam mais cautelosos com o mercado acionário chinês.
(Do Valor PRO, o serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico)
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