Bolsas de NY fecham 2023 com ganhos robustos e Nasdaq em destaque

Confira o desempenho da bolsas de NY em 2023, além dos resultados anuais dos principais índices da Europa em 2023

Os mercados acionários de Nova York tiveram queda modesta, nesta sexta-feira (29), no último pregão do ano, com negociações reduzidas entre os feriados, o que não impediu um 2023 forte.

Nesse sentido, a expectativa por cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) apoiou o bom humor na reta final do ano, com a economia ainda em ritmo razoável, e analistas acreditam que o movimento de alta pode ainda prosseguir no início de 2024, mesmo com gradual desaceleração na atividade.

Fechamento das bolsas de Nova York hoje

O índice Dow Jones fechou em queda de 0,05%, em 37.689,54 pontos, o S&P 500 caiu 0,28%, a 4.769,83 pontos, e o Nasdaq recuou 0,56%, a 15.011,35 pontos. Na comparação semanal, o Dow Jones subiu 0,81%, o S&P 500 teve alta de 0,32% e o Nasdaq, de 0,12%. No mês, houve ganhos de 4,84%, 4,42% e 5,52%.

Já em todo o ano de 2023, as bolsas de Nova York tiveram forte alta, com destaque para as ações de tecnologia. Dow Jones avançou 13,70%, o S&P 500 teve ganho de 24,23% e o Nasdaq, de 43,42%.

Ações das bolsas de Nova York

O sinal negativo foi visto na grande maioria dos setores hoje, com serviços de comunicação entre os mais pressionados, mas em vários casos movimentos contidos. Entre ações de peso, Apple caiu 0,54%, Amazon perdeu 0,94%, Chevron recuou 0,45% e JPMorgan teve baixa de 0,12%. Por outro lado, a Boeing avançou 0,12%, após a empresa informar que todas as suas aeronaves que estão com companhias da China voltaram a operar, após as interrupções causadas desde dois acidentes fatais com o 737 MAX em 2019.

Maioria das bolsas da Europa também fecharam ano no azul

As bolsas da Europa fecharam com viés positivo nesta sexta-feira, 29, permitindo que a maior parte das praças europeias encerrem este ano com ganhos robustos. Contudo, a Bolsa de Londres se distanciou dos pares, abalada pelo crescimento fraco do Reino Unido em 2023.

O índice EuroStoxx 600 fechou em alta de 0,20%, a 479,02 pontos, e variação anual de 12,74%.

Juros para 2024 no radar

Além das bolsas de Nova York, os índices da Europa também encerraram o ano sem grandes movimentações. Assim, o dia foi de agenda esvaziada e baixa liquidez. A consolidação das expectativas de que o Banco Central Europeu (BCE) e o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) deverão cortar juros ao longo de 2024 provocou certa cautela entre os investidores, enquanto o mercado aguarda novos catalisadores para um rali, observou o Swissquote, em nota.

“Ainda haverá uma ressaca e um período de correção depois que um rali implacável de dois meses desencadeou uma euforia de risco generalizada entre os investidores”, projetou o banco, acrescentando que uma nova rodada de ganhos somente acontecerá se os cortes de juros forem acompanhado por uma economia forte e lucros corporativos sólidos.

Analistas consultados pela FactSet ponderam que justamente o crescimento econômico fraco distanciou o FTSE 100 de seus pares em relação aos ganhos acumulados em 2023, que avançou apenas cerca de 3%, após o fechamento antecipado da Bolsa de Londres nesta manhã.

Entretanto, diretora de Dinheiro e Mercados da Hargreaves Lansdown, Susannah Streeter, aponta que a Bolsa de Frankfurt conseguiu contrariar as preocupações com o crescimento econômico fraco e aproveitar uma onda de sentimento de compra de ações ligadas à indústria. Hoje, o índice DAX fechou em alta de 0,30%, a 16.751,64 pontos, e valorização de 20,31% em 2023.

Fechamento anual

Os números levam o índice alemão a figurar entre os de melhor desempenho da Europa, ao lado da Bolsa de Milão (+28,03%) e da Bolsa de Madri (+22,76%). No fechamento, o índice FTSE MIB subiu 0,07%, a 30.351,62 pontos, em Milão e o IBEX 35 avançou 0,16%, a 10.102,10 pontos em Madrid.

Além disso, o índice CAC 40 fechou em alta de 0,07%, a 7.543,18 pontos, em Paris, com valorização de 16,52% em 2023. Por outro lado, o PSI20 caiu 0,06%, a 6.396,48 pontos, em Lisboa, mas registrando ganho de 11,71% neste ano. Todas as cotações são preliminares.

Com informações do Estadão Conteúdo.

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