Com influência do exterior, Ibovespa cai mais de 1% e fecha em baixa; dólar sobe 1,39%

Ibovespa desce e dólar sobe com mercado atento ao comportamentos dos juros nos EUA; no Brasil, boletim Focus prevê real mais forte

Painel mostra movimentação no mercado de ações brasileiro. Foto: Divulgação/B3
Painel mostra movimentação no mercado de ações brasileiro. Foto: Divulgação/B3

A bolsa de valores hoje fechou em queda. Isso porque os investidores estão atentos ao comportamento dos juros futuros nos EUA, que fecharam em alta depois das mínimas de sexta-feira e impactaram também a relação entre dólar e real.

Além disso, as projeções do boletim Focus estiveram sob avaliação dos agentes nesta segunda-feira (4).

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Assim, o Ibovespa fechou em queda de 1,08%, a 126.802,79 pontos, perto da mínima, que foi de 126,6 mil pontos. Na sexta, o principal índice da bolsa fechou em alta, acima dos 128 mil pontos.

“O Ibovespa cai, em linha com algumas das principais bolsas do mundo”, destaca Leandro Petrokas, diretor de Research e sócio da Quantzed. “Mercados aproveitaram para realizar um pouco dos lucros acumulados nas últimas semanas”, acrescenta.

Últimas em Ações

Agora, investidores aguardam dados de emprego nos EUA, que serão divulgados na sexta-feira. Antes, haverá a divulgação do PIB brasileiro, na terça, e do superávit orçamentário, na quarta.

Dólar hoje

Enquanto isso, o dólar fechou em forte alta na comparação ao real. A moeda norte-americana subiu 1,39%, cotada a R$ 4,9487.

Por outro lado, no cenário externo, o dólar caiu. O DXY, que mede o desempenho da divisa em relação a outras importantes, desceu 0,22%, a 103,26 pontos.

Ações em alta

A Santanense vem disparando na bolsa nos últimos dias, com alta de 155% desde a última terça-feira. A empresa do setor têxtil voltou a subir com vigor na bolsa de valores hoje, acrescento mais 36% ao valor suas ações.

Em resposta à questionamento da CVM, a Santanense diz não reconhecer nenhum fato que possa justificar a forte oscilação dos papéis.

Confira as ações que mais subiram

  • Santanense (CTSA3) +36,04%
  • Time for Fun (SHOW3) +6,40%
  • Metal Leve (LEVE3) +6,12%
  • Copasa (CSMG3) +3,90%
  • Marcopolo (POMO4) +3,58%

Ações em baixa

Por outro lado, a empresa-irmão da Santanense Springs ficou entre as piores ações da bolsa de valores hoje, com queda de mais de 8%.

A empresa esteve acompanhada do Magazine Luiza na lista de piores ações do dia. Nesse sentido, outro destaque é a Gol, que teve mais de 9% de queda. A alta dos juros ajudou a derrubar esses e outros papéis dos setores de serviços e varejo.

Veja as ações com as maiores quedas do dia.

  • PDG (PDGR3) -10,50%
  • Gol (GOLL4) -9,19%
  • Springs (SGPS3) -8,05%
  • Multilaser (MLAS3) -7,89%
  • Magazine Luiza (MGLU3) -7,83%

Os rankings contemplam ações com volume de mais de R$ 1 milhão no dia, pertencentes ou não ao Ibovespa e outros índices. As cotações foram apuradas depois do fechamento, às 18h07, mas podem ter atualizações.

Veja as ações do Ibovespa com as maiores altas e baixas aqui.

Bolsas mundiais

As bolsas de Nova York fecharam em queda nesta segunda-feira em possível realização de lucros após altas recentes, pressionadas pelo avanço dos retornos dos Treasuries e em reajuste com perspectivas sobre o primeiro corte de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).

Dessa maneira, o índice Dow Jones caiu 0,11%, aos 36.204,44 pontos, o S&P 500 perdeu 0,54%, aos 4.569,78 pontos e o Nasdaq fechou em baixa de 0,84%, aos 14.185,49 pontos.

Antes, na Europa, a maioria das bolsas também fechou em baixa com os investidores receosos com os próximos passos da política monetária dos principais bancos centrais. Indicadores de atividade e as últimas decisões de 2023 são aguardados com grande expectativa, já que podem pavimentar o caminho para a postura das autoridades ao longo de 2024.

Em Paris, o CAC 40 recuou 0,18%, a 7.332,59 pontos. Em Milão, o FTSE MIB teve queda de 0,05%, a 29.914,09 pontos. Já em Madri, o Ibex 35 ganhou 0,37%, a 10.178,30 pontos. Em Frankfurt, o DAX subiu 0,04%, a 16.404,76 pontos.

Focus

O novo Boletim Focus , divulgado nesta segunda-feira (4) pelo Banco Central, traz leves ajustes nas previsões dos agentes financeiros para o IPCA, o crescimento do PIB, a cotação do dólar e até mesmo para a taxa Selic.

No recorte do Boletim Focus para o IPCA, o mercado passou a ver um viés de alta. A projeção para a inflação no fim de 2023 foi de 4,53% para 4,54%. Enquanto isso, a estimativa no encerramento de 2024 oscilou de 3,91% para 3,92. A taxa esperada em 2025 permaneceu em 3,50%.

Com relação ao câmbio, o real se aprecia em relação às últimas projeções para todos os anos entre 2023 e 2026. Assim, “a perspectiva da balança comercial positiva e certa estabilidade macroeconômica no Brasil coloca o real em posição estratégica em relação a outras moedas pelo mundo”, diz o economista André Perfeito.

Com informações do Estadão Conteúdo

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