Banco do Brasil (BBAS3) tem lucro ajustado de R$ 9,3 bi no 1º tri, queda de 1,5% no trimestre

Resultado ficou acima da projeção dos analistas ouvidos pelo Valor, de R$ 9,132 bilhões

O Banco do Brasil (BBAS3) registrou lucro líquido ajustado de R$ 9,300 bilhões no primeiro trimestre de 2024, queda de 1,5% frente ao quarto trimestre e avanço de 8,8% em relação a igual período de 2023.

O resultado ficou acima da projeção dos analistas ouvidos pelo Valor, de R$ 9,132 bilhões. O lucro contábil foi de R$ 8,782 bilhões no primeiro trimestre, com recuo de 0,9% no trimestre e avanço de 7% em 12 meses.

A margem financeira bruta totalizou R$ 25,734 bilhões no primeiro trimestre, queda de 0,1% em comparação ao quarto trimestre e avanço de 21,6% na comparação com o primeiro trimestre de 2023. A carteira ampliada chegou a R$ 1,138 trilhão, com alta de 2,7 % no trimestre e de 10,2% em 12 meses.

A inadimplência terminou março a 2,90%, de 2,92% em dezembro e 2,62% em março do ano anterior. As provisões para crédito de liquidação duvidosa (PCLD) ampliada, compostas pela despesa de PCLD líquida da recuperação de crédito, descontos concedidos e imparidade, tiveram queda de 14,4% frente ao quarto trimestre, totalizando R$ 8,541 bilhões. Na comparação anual, houve aumento de 45,9%.

Já as receitas de prestação de serviços totalizaram R$ 8,344 bilhões no primeiro trimestre, retração de 4,6% na comparação trimestral e alta de 2,6% em 12 meses. As despesas administrativas totalizaram R$ 8,878 bilhões, recuo de 4% em relação ao trimestre anterior e alta de 4,9% na comparação anual.

Carteira de crédito ampliada chega a R$ 1,138 trilhão em março

A carteira de crédito ampliada do Banco do Brasil atingiu R$ 1,138 trilhão em março, alta de 2,7% no comparativo trimestral e avanço de 10,2% em 12 meses. A carteira de pessoa física atingiu R$ 317,402 bilhões, com alta de 1,4% no trimestre e avanço de 5,8% em 12 meses.

Em pessoas jurídicas, somou R$ 393,497 bilhões, com alta de 0,7% e avanço de 8,5%, em igual base de comparação. Em agro, atingiu R$ 372,514 bilhões, com alta de 4,8% e avanço de 15,5%, respectivamente.

Já a margem financeira atingiu R$ 25,734 bilhões no primeiro trimestre, com queda de 0,1% na comparação trimestral e avanço de 21,6% em 12 meses. A receita financeira com operações de crédito teve queda trimestral de 4,6% e avanço anual de 9,1%, a R$ 46,260 bilhões. Já o resultado de tesouraria totalizou R$ 11,962 bilhões, com baixa de 10,4% no trimestre e alta de 18,6% no ano.

O spread global ficou em 5,1%, de 5,3% no quarto trimestre e 4,6% no primeiro trimestre de 2023.

Em relação à inadimplência, o banco registrou o patamar de 2,90% no primeiro trimestre, ante 2,92% no quarto trimestre e 2,62% em igual período de 2023. O índice de cobertura caiu para 196,0%, de 196,7% e 202,7% na mesma comparação.

O Índice de Basileia atingiu 15,13%, sendo 11,90% de capital principal. O retorno sobre o patrimônio (mercado) ficou em 21,7%, de 22,5% no quarto trimestre e 21,0% no primeiro trimestre do ano passado.

Receita de serviços tem queda de queda de 4,6% no 1º tri

As receitas de prestação de serviços do BB somaram R$ 8,344 bilhões no primeiro trimestre de 2024, queda de 4,6% na comparação com o trimestre anterior e avanço de 2,6% em um ano.

Segundo o banco, a queda no trimestre é explicada pela sazonalidade, enquanto o crescimento anual foi influenciado, principalmente, pelo desempenho positivo nas linhas de comissão de seguros, previdência e capitalização (+11,5%), administração de fundos (+5,8%) e consórcios (+20,3%).

As despesas administrativas, por sua vez, totalizaram R$ 8,878 bilhões, recuo de 4% em relação ao trimestre anterior e alta de 4,9% na comparação anual.

De acordo com o banco, o avanço das despesas em 12 meses foi influenciado pelo dissídio coletivo da categoria bancária.

O índice de eficiência (dado pela divisão das despesas pelas receitas) do BB caiu a 25,9%, de 27,1% do trimestre anterior e 28,7% no mesmo período do ano anterior.

Com informações do Valor Pro, serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico