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Argentina é risco para tese de investimento em ações do Mercado Livre, avalia Itaú BBA
Investe em ações no exterior? Os papéis do Mercado Livre (MELI) negociados na Nasdaq estão no seu radar? Ou então pensa em ter BDRs (MELI34) na sua carteira?
Veja o que diz o Itaú BBA sobre o momento e o que esperar da empresa, em relatório assinado por Thiago Macruz, Maria Clara Infantozzi, Victor Rogatis, Clara Lustosa e Kelvin Dechen.
Antes de tudo, o time de consumo do banco de investimentos escreve que o Mercado Livre teve um quarto trimestre de 2023 marcado por sólidos ganhos de participação de mercado, mas com uma rentabilidade abaixo do esperado.
Adicionalmente, a equipe do Itaú BBA espera que 2024 seja um ano de expansão da rentabilidade (ainda que menor). Embora os especialistas vejam a empresa exposta também a algumas barreiras potenciais.
“Diante disso, reduzimos o preço-alvo da ação de US$ 2.106 para US$ 2.048 (o que ainda implica em potencial de valorização de 32%)”, apontam os analistas do Itaú BBA.
“Mas nossa visão construtiva sobre o papel permanece inalterada e reiteramos ‘compra'”, ponderam.
Pontos positivos
Por que então o Itaú BBA sustenta a recomendação de compra de MELI? Essas são algumas respostas que estão no relatório.
“Vemos uma execução impecável da empresa e sua capacidade de alavancar o conceito de monetização da plataforma, reforçada pelo crescimento de 30% no lucro por ação nos próximos três anos (2024-27e)”, apontam os analistas.
“Nossas expectativas incluem uma aceleração contínua nas vendas 1P (produtos que o Mercado Livre atua como o vendedor), com margens em constante melhoria”, acrescentam.
“Melhores take rates (valor que incide sobre cada transação) em todas as localidades; uma aceleração do negócio de anúncios; e uma carteira de crédito em aceleração, que beneficia a rentabilidade e alavanca as vendas dentro do ecossistema”, completam.
Fator de risco
No entanto, destaca o Itaú BBA, alguns dos ganhos de rentabilidade esperados daqui para frente provavelmente serão compensados.
“Por contínuos ventos contrários impulsionados pelo macro na Argentina”, apontam os analistas.
“Uma deterioração nessa unidade de negócios poderia pesar em nossas previsões e é um risco-chave para a história deste ano”, alertam.
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