Atraso da Apple (AAPL34) na inteligência artificial pode beneficiar ações? Um grupo de analistas tenta provar que sim
A Apple (AAPL34), fabricante do iPhone, recebeu muitas críticas após adiar as atualizações de inteligência artificial em seus modelos.
No entanto, analistas da Melius Research, liderados por Ben Reitzes, acreditam que ainda há uma chance de recuperação para a ação.
Na semana passada, Citi e Morgan Stanley reduziram suas expectativas para as vendas do iPhone este ano.
Além disso, o influente blogueiro John Gruber chamou o atraso nas novas funcionalidades da Siri, assistente de voz da Apple, de um “fiasco” que prejudicará a credibilidade da empresa.
Lançamento do iPhone X traz lições
Mas Reitzes apontou que o lançamento do iPhone X, há alguns anos, oferece lições.
Em 2017, a introdução de telas maiores e do Face ID (identificação facial, em inglês) — que permite desbloquear o aparelho sem pressionar um botão.
Isso possibilitou à Apple aumentar significativamente os preços, mesmo com as vendas unitárias permanecendo estáveis.
No geral, as vendas cresceram e a ação subiu 46% nos 12 meses seguintes.
A Apple pode gerar um efeito semelhante ao diversificar sua linha de iPhones e, futuramente, introduzir celulares dobráveis.
Guerra comercial EUA-China pode afetar Apple
A Melius reconheceu que a guerra comercial dos EUA com a China é um problema para a Apple, mas a situação pode melhorar se os relatos forem confirmados de que a empresa está trabalhando com a varejista Alibaba para desenvolver serviços locais de IA.
Há também a possibilidade de a Apple conseguir negociar uma isenção de tarifas.
Além disso, a Apple tem a melhor geração de fluxo de caixa entre as maiores empresas de tecnologia dos EUA, afirmaram os analistas.
Isso significa que a empresa poderá manter seu impressionante ritmo de recompra de ações no futuro próximo.
A Melius estabeleceu um preço-alvo de US$ 290 para as ações da Apple nos próximos dois anos. O papel cai 1,54% no pregão da Nasdaq nesta segunda-feira, sendo negociado a US$ 210.
*Com informações do Valor Econômico
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