Alta de 42% das ações da Americanas teve Rial na presidência como principal motivo, diz Itaú BBA
A saída de Rial e a inconsistência financeira deve ter impacto significativo sobre o valor das ações; banco coloca preço dos papéis sob revisão
Analistas do Itaú BBA afirmam que além das questões contábeis, que apontam inicialmente para uma inconsistência de R$ 20 bilhões nas contas da Americanas, a saída de Sérgio Rial do cargo de diretor-presidente na noite de quarta-feira, menos de dez dias após assumir a posição, deve causar um impacto significativo nas ações da empresa.
A mudança deve reverter os ganhos acumulados ao longo dos último dias, quando a companhia registrou um bom resultado na Bolsa. Em 12 de dezembro, as ações valiam R$ 8,45 dispararam até chegar aos R$ 12 no fim do pregão da quarta-feira, antes do anúncio da saída de Rial e da divulgação das inconsistências nos dados financeiros.
“Acreditamos que muito da performance recente das ações foram sustentadas pela expectativa do mercado em relação ao trabalho de Sérgio Rial no médio e longo prazo”, comentam.
O banco também nota que o valor final das inconsistências contábeis na Americanas é incerto, sendo que os R$ 20 bilhões são uma estimativa preliminar que será confirmada, podendo aumentar ou diminuir, dependendo da análise independente que a companhia realizar.
O Itaú BBA colocou a recomendação de Americanas sob revisão, de neutro, e preço-alvo em R$ 15, potencial de alta de 25% sobre o fechamento de ontem, com as incertezas que surgiram após a empresa inconsistências financeiras de R$ 20 bilhões em seu balanço.
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