Ibovespa termina janeiro em alta: veja quais foram as 10 ações que mais subiram no mês

Ações em alta: veja os papéis que tiveram as maiores altas nesta sexta-feira (31); conheça também as maiores altas de janeiro

Empresas citadas na reportagem:

O mercado financeiro brasileiro deixou para trás o pico de estresse em dezembro e, assim, o Ibovespa terminou o primeiro mês de 2025 com alta de 5%. Dentro do principal índice de ações da B3, apenas 22 papéis registraram quedas em janeiro, enquanto as principais ações em alta se recuperaram de baixas acumuladas de 2024. É o caso das ações da CVC Brasil (CVCB3), primeira no ranking de desempenhos mensal.

Por outro lado, a queda do dólar no mês e a redução nos preços do boi levaram os frigoríficos a amargarem perdas. Nem JBS (JBSS3), Marfrig (MRFG3) ou Minerva Foods (BEEF3) registraram altas no Ibovespa, enquanto a BRF (BRFS3) obteve o pior desempenho nos primeiros 22 pregões da bolsa de valores, com queda de 13%.

Confira, a seguir, quais foram as 10 ações com maiores altas e baixas no Ibovespa em janeiro.

Ibovespa sobe 4,86% em janeiro; IFIX cai 3%

A performance de índices da B3 foi mista no mês. O principal destaque, além do Ibovespa, está no Índice Imobiliário da B3 (IMOB3), cuja performance positiva foi de 11,3%. Ações como Cury (CURY3), MRV (MRVE3) e Cyrela (CYRE3) estão presentes na carteira e registraram alta.

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    Além disso, o índice de empresas do setor financeiro da B3 (IFNC) avançou 10,83% no acumulado mensal.

    Na contramão da bolsa, contudo, o Índice de Fundos de Investimento Imobiliário registrou queda de 3%. A alta dos juros e a incerteza fiscal pressionam FIIs, à medida que o Tesouro IPCA+ se valoriza. Este ativo é o principal concorrente dos fundos porque os contratos de aluguel e lastros de certificados de recebíveis são atrelados à inflação.

    O BDRX, índice que engloba BDRs de empresas do exterior na B3, também registrou queda. No início da semana, a IA chinesa DeepSeek levou a uma queda de 3% nas bolsas de Nova York. As ações da Nvidia caíram quase 17%.

    Veja o desempenho dos índices da B3 em seguida:

    ÍndiceRetorno em janeiro
    Ibovespa (IBOV)+4,86%
    IDividendos (IDIV)+3,50%
    Utilities+6,15%
    Materiais Básicos (IMAT)-0,15%
    Fundos Imobiliários (IFIX)-3,07%
    BDRs (BDRX)+4,34%
    Small Caps (SMLL)+6,11%

    Queda do dólar faz CVC (CVCB3) e Azul (AZUL4) decolarem

    Entre as principais ações em alta, companhias cíclicas voltadas para a economia doméstica se destacam em janeiro. A queda do dólar contra o real em janeiro, assim como a desaceleração das taxas de juros futuros, contribuiu para que CVC (CVCB3), Cogna (COGN3) e Azul (AZUL4) fechassem o top 3 da bolsa.

    No acumulado de janeiro, o dólar apresentou queda de 5,54% contra o real. Assim, o câmbio registrou a maior valorização mensal desde julho de 2023.

    Na esteira da queda do dólar, ações como CVC Brasil e Azul se favoreceram. O dólar em queda aumenta a perspectiva de turismo mais aquecido no Brasil e, do lado da Azul, leva a despesas mais baratas com combustível.

    A companhia aérea ainda surfou valorização no mercado após emitir US$ 525 milhões em notas comerciais a arrendadores e credores. O movimento foi bem-visto pelo mercado financeiro. O banco Goldman Sachs manteve a recomendação neutra para as ações da Azul (AZUL4), mas notou que a emissão melhora a alavancagem da companhia.

    Confira as dez melhores ações de janeiro no Ibovespa:

    1. CVC Brasil ON (CVCB3): +42,75%
    2. AZUL PN (AZUL4): +29,94%
    3. Cogna ON (COGN3): +29,36%
    4. Totvs ON (TOTS3): +27,33%
    5. IRB Brasil Resseguradora ON (IRBR3): +24,62%
    6. Assaí ON (ASAI3): +21,40%
    7. Cyrela ON (CYRE3): +20,53%
    8. BTG Pactual UNIT (BPAC11): +20,31%
    9. Yduqs ON (YDUQ3): +19,88%
    10. Braskem PNA (BRKM5): +19,26%

    Ações em queda: BRF e frigoríficos sentem preços do boi

    As ações de frigoríficos, por outro lado, foram destaques negativos em janeiro. A BRF (BRFS3), na ponta oposta das ações em alta, ocupou a lanterna do Ibovespa.

    No mês, o surgimento de três casos de gripe aviária no estado americano da Geórgia, um dos principais produtores de frango dos EUA, derrubou ações do frigorífico brasileiro. O Itaú BBA alerta que é necessário monitorar a oferta global de frango, principalmente a luz de preços da carne bovina em queda no mundo.

    A derrocada do preço do boi, por outro lado, é uma notícia negativa para a Marfrig (MRFG3). A ação do frigorífico de Marcos Molina foi na contramão da bolsa e registrou queda de 6% em janeiro.

    O banco Goldman Sachs afirma que as ações de proteína no Ibovespa enfrentaram um volume de venda que chegou a derrubar em média 7% do valor dos papéis.

    Outro destaque negativo em janeiro foi a Raízen (RAIZ4). O papel recuou para a mínima histórica de R$ 1,90 no mês.

    Veja os dez piores desempenhos entre ações em queda:

    1. BRF (BRFS3): -13,68%
    2. Raízen PN (RAIZ4): -12,04%
    3. Auren ON (AURE3): -7,53%
    4. Marfrig ON (MRFG3): -6,69%
    5. Gerdau Metalúrgica PN (GOAU4): -6,15%
    6. Vibra Energia ON (VBBR3): -5,49%
    7. Ambev ON (ABEV3): -5,45%
    8. Cosan ON (CSAN3): -5,15%
    9. Gerdau PN (GGBR4): -5,07%
    10. Minerva Foods ON (BEEF3): -4,91%