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A injeção de R$ 1,25 bi no Magalu (MGLU3) é boa para as ações? Confira o que dizem analistas
O investimento de R$ 1,25 bilhão dos acionistas controladores e do BTG Pactual no Magazine Luiza (MGLU3) é bom ou ruim para as ações da companhia?
A Inteligência Financeira consultou analistas do setor varejista a respeito.
A seguir você confere as respostas deles para algumas questões importantes envolvendo a operação anunciada no último domingo.
O que vai acontecer na prática?
O conselho de administração da varejista aprovou na última sexta-feira uma proposta de aumento de capital.
Por meio dela, a LTD Participações, detida majoritariamente por Luiza Trajano, da família fundadora, vai injetar R$ 1 bilhão na empresa.
E o BTG Pactual se comprometeu a entrar com R$ 250 milhões.
Com isso, a participação do acionista controlador no Magalu subirá dos atuais 56,4% para 58,4% do capital.
E o BTG se tornará um investidor da empresa.
Consequentemente, a fatia dos demais acionistas ficará proporcionalmente menor.
Isso, a menos que esses decidam também fazer um investimento adicional equivalente, com base no fim do pregão de 31 de janeiro.
Se forem por esse caminho, terão prazo de 1º de fevereiro a 1º de março deste ano para fazê-lo.
O limite de investimento extra é de até 9,6% da posição detida na data de corte.
Quem não participar será diluído, ou seja, sua participação no todo ficará menor. Pelas contas de analistas, diminuirá em 8,5% da posição atual.
Magalu (MGLU3): por que a empresa decidiu fazer isso?
A empresa anunciou muitas compras de negócios nos últimos anos, o que aumentou seu endividamento.
A intenção inicial era pagar essas compras com o próprio crescimento da geração de caixa.
Mas isso não tem acontecido na velocidade pretendida.
Pior: as margens pioraram.
Adicionalmente, os juros mais altos aumentaram a carga da dívida.
Assim, em vez de lucro, o Magalu tem acumulado trimestres no prejuízo.
Nos primeiros nove meses de 2023, a última linha do resultado ficou negativa em cerca de R$ 560 milhões.
Foi praticamente o mesmo desempenho de um ano antes.
Dessa forma, a dívida líquida chegou a R$ 4,1 bilhões no fim de setembro, o que equivale a mais de dois anos de resultado operacional.
Logo, ao por a mão no bolso, o acionista controlador e o BTG preenchem parte do buraco deixado por esses revezes.
“Reconhecemos a necessidade de a companhia readequar a sua estrutura de capital e o aumento de capital contribui para isso”, afirmou a Guide Investimentos em relatório.
O que muda nas perspectivas para a ação de Magalu (MGLU3)?
Na sessão de segunda-feira, a ação do Magalu subia ao redor de 1% às 15h30 (horário de Brasília), enquanto o Ibovespa cedia aproximadamente 0,8%. Mas no fim do pregão, a ação caiu 0,48% – enquanto o índice de referência cedeu 0,36%.
Segundo a Genial Investimentos: “A (…) capitalização é positiva e deve reduzir os ruídos sobre endividamento no curto prazo”.
Mas a injeção de recursos será suficiente para reverter o cenário para a companhia?
A Guide considerou negativo o aumento de capital vir em um momento após forte queda das ações.
Só nos últimos 12 meses, a ação do Magalu caiu mais de 50%.
Em outras palavras, o investimento extra chega num momento em que a empresa está barata.
Em contrapartida, a Mirae Asset considerou que o momento atual de queda da taxa de juros é positivo para a companhia.
Além disso, considerou a Mirae, a varejista tem tido evolução positiva nas margens nos últimos trimestres, com crescimento consistente no terceiro trimestre e redução na alavancagem financeira.
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