Uso de cheques cai 93% desde 1995

Em 2021 foram compensadas 218,9 milhões de folhas, contra 3,3 bilhões há 26 anos

- Ilustração: Marcelo Andreguetti/IF
- Ilustração: Marcelo Andreguetti/IF

Em plena era do Pix e das criptomoedas, o cheque é cada vez menos usado. Levantamento feito pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) mostra que a queda no uso do cheque como meio de pagamento foi de 93,4% quando comparada ao número de compensações de 1995. Ao todo, foram 218,9 milhões de cheques compensados em 2021. Em 1995, foram utilizados 3,3 bilhões. As estatísticas organizadas pela federação tem como base o Serviço de Compensação de Cheques.

A força do Pix

O ano passado também foi o primeiro de operação plena do Pix, sistema de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central. Por meio dele foram feitas 7 bilhões de transações com R$ 4 trilhões de volume financeiro, e a redução de uso de cheques foi de 23,7%.

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Mas, apesar de uma redução expressiva no uso de cheque, o volume financeiro transacionado por ele reduziu em proporção bem menor. Em 1995, foram movimentados R$ 2 trilhões por meio de cheques, enquanto no ano passado o valor passou para R$ 667 bilhões, uma queda de 67,4%.

É mais significativa, porém, a pequena diferença em relação a 2020. Com redução de quase um quarto do número de transações, houve uma redução de apenas 0,22% em volume financeiro, que havia sido de R$ 668,4 bilhões.

“O cliente bancário tem deixado, cada vez mais, de usar cheques, e optado por outros meios de pagamento, em especial pelos canais digitais, que atualmente são responsáveis por 67% de todas as transações feitas no país”, diz em nota Walter Faria, diretor adjunto de serviços da Febraban.

Cheques devolvidos

A Febraban também levantou o número de cheques devolvidos sem fundos repassados no país. No ano passado, foram devolvidos mais de 18,6 milhões, o que equivale a 8,5% do total de cheques compensados. Em comparação com 2020, houve queda de 23,7%. Já os cheques sem fundos foram 13,6 milhões no ano passado, recuo de 20,6% contra 2020, quando foram 15,2 milhões retornados.

Com reportagem do G1

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