De Haddad a Americanas: que perguntas fazer nessa semana turbulenta para o mercado financeiro

Mara Luquet analisa as prioridades para o investidor

Pregão da B3. Foto: Amanda Perobelli/Reuters
Pregão da B3. Foto: Amanda Perobelli/Reuters

O melhor ministro da saúde que o Brasil já teve desde a redemocratização não era médico. A gestão José Serra na saúde é apontada, mesmo por quem não é seu aliado político, como referência.

A inflação brasileira que resistiu e cresceu em todos os governos desde a redemocratização foi derrotada por um sóciólogo.

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Fernando Henrique Cardoso estava no exterior em viagem, era o chanceler brasileiro quando recebeu um telefonema do então presidente Itamar Franco o convocando para assumir o ministério da Fazenda. Montou a equipe que criou o Plano Real o mais bem-sucedido plano econômico na construção da estabilidade monetária.

São só dois exemplos para responder aos brasileiros que estão freneticamente no Google querendo saber se Haddad é economista desde que seu nome foi anunciado como títular da Fazenda.

Haddad fez mestrado em economia, mas sua formação é Direito, pela São Francisco.

Tem várias outras credenciais acadêmicas, mas se sua gestão está destinada ao sucesso ou fracasso não dependerá disso.

E por que, Mara, você está falando sobre isso nesta sexta-feira (13), que encerra uma semana daquelas?

Há muito mais a ser dito numa semana que começou no domingo passado com uma tentativa de golpe em Brasília, foi permeada pelo anúncio de um rombo de R$ 20 bilhões, mas que pode pode acarretar “no vencimento antecipado e imediato de dívidas em montante aproximado de R$ 40 bilhões”, conforme informações da empresa

Ainda tivemos a descoberta pela Polícia Federal de uma minuta de decreto na casa do ex-secretário de Segurança, Anderson Torres, para dar um golpe no próprio Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que impediria a diplomação de Lula.

Ah! claro e também teve o primeiro anúncio de medidas pela equipe econômica para reduzir o déficit de R$ 231 bilhões previsto para 2023.

Porque, de certa forma, esses eventos nos ajudam a pensar em como são as perguntas certas que nos ajudarão a tomar as melhores decisões na vida, e não me refiro só a investimentos.

Então veja, quais seriam as melhores perguntas para traçar estratégias de investimentos?

  • Qual a capacidade do ministro em formar equipe?
  • Quais as reais chances de darem certo as medidas anunciadas na quinta-feira?
  • Quais as medidas que Lula deverá tomar para promover uma pacificação que jogue água na fervura de golpistas?
  • Como saber se a gestão de uma empresa está comprometida com a transparência?

Veja, o zelo pela transparência teria evitado perdas que chegaram a quase 80% no caso das ações da Americanas.

Saber fazer as perguntas corretas nos ajuda muito nos investimentos – e na vida.

São elas que vão guiar nossos passos em caminhos mais seguros.

E nesta semana que acomoda uma sexta-feira 13 não são as bruxas e os fantasmas que metem medo, mas os vivos, os muito vivos.

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.


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