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Até que o dinheiro (não) nos separe: como organizar as finanças do casal
É dentro de casa que tomamos as decisões mais importantes da nossa vida financeira. É o que acredita Thiago Godoy, educador financeiro da Rico. Em um relacionamento, o diálogo e os combinados não saem caro. “Ao falarmos sobre finanças dentro de casa, alinhamos expectativas e deixamos o outro ciente dos nossos sonhos, interesses e conquistas. É a partir daí que o casal tem um futuro financeiro estabelecido”, ressalta.
Causa de divórcio
Apesar de parecer simples, na prática pode ser bastante difícil. Um levantamento feito pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revelou que problemas financeiros são a maior causa de divórcios no Brasil: 57% dos casamentos terminam por desentendimentos relacionados a dinheiro.
“Quando o casal passa por problemas financeiros e não fala abertamente sobre o assunto, um atribui a responsabilidade ao outro, resultando em questões mais complicadas para lidar, como brigas e, até mesmo, o divórcio. Por isso, é fundamental falar, o quanto antes, sobre finanças e estabelecer um combinado”, afirma Godoy.
Separamos cinco dicas para orientar os casais na organização das finanças. Vamos a elas:
1. Separem um dia para falar sobre o tema
O primeiro passo é estabelecer e combinar um dia para falar sobre dinheiro. “Isso significa separar de duas a três horas para debater as finanças em casal, principalmente se for a primeira vez. O recomendável é que essa conversa seja feita sem interferências, como TV, celular ou qualquer outra distração”, ressalta o educador financeiro. Nessa conversa, o casal deve levantar todas as informações sobre a situação financeira da família, como extrato bancário, financiamentos, dívidas e investimentos.
2. Façam um plano financeiro
Seja com um caderno, planilha ou aplicativo, é importante ter um bom plano financeiro para estabelecer um orçamento de emergência e todos os outros combinados. “Se tiver dívidas, o ideal é analisar as taxas de juros, o valor pago por mês e listá-las em ordem decrescente, da mais cara até a barata”, destaca Godoy. Assim fica mais fácil fazer um plano para quitar as despesas e renegociar os saldos com os credores.
3. Identifiquem todas as receitas
Outro passo fundamental é listar todos os valores brutos e líquidos recebidos por cada um. Para os trabalhadores autônomos, isso é ainda mais importante. A dica é levantar as receitas por mês e uma média dos últimos 12 meses. “Isso é essencial para entender o potencial de renda de cada cônjuge e trabalhar sempre com uma margem de segurança”, destaca Godoy.
4. Acompanhem os gastos da casa
Tão importante quanto montar um plano financeiro é acompanhar e anotar todas as despesas, mesmo as menores. Dessa forma é possível entender para onde vai o dinheiro e identificar em quais categorias é possível economizar um pouco mais. O início pode ser difícil e trabalhoso, mas aos poucos isso se torna um hábito.
5. Dividam as finanças de maneira justa
Por fim, o educador Thiago recomenda a divisão proporcional das contas e responsabilidades. “Não existe fórmula exata, mas indico analisar as rendas e entender qual será o percentual de contribuição de cada um. Se os dois ganham salários parecidos, faz sentido que o rateio seja dividido meio a meio. Já casais que possuem uma diferença significativa de salários, o ideal é que a responsabilidade financeira seja porcentual à quanto cada um ganha”, explica.
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