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Empreendedorismo feminino no Brasil: número de empresárias cresce ano a ano
Neste domingo (19), o mundo celebra o Dia do Empreendedorismo Feminino. A data é uma iniciativa das Nações Unidas para encorajar mulheres a gerenciarem seus próprios negócios e exaltar as que já atuam em posições de liderança. No Brasil, exemplos não faltam.
Uma delas é a paulistana Ana Zucato. O desejo de Ana empreender chegou cedo, quando ela acompanhava o dia a dia de trabalho do seu pai, que também era empreendedor. Foi com esse desejo de tocar seu próprio negócio que ela criou a Noh, uma conta conjunta digital feita para casais.
“A empresa surgiu em 2021, quando comecei a prototipar a ideia de um cartão feito para duas pessoas, com poderes iguais. Sem isso de adicional, ou dependente, apenas juntando dinheiro de duas fontes diferentes. Imprimi alguns cartões e entreguei para alguns casais usarem juntos, e rodei o protótipo na mão por 6 meses”, conta a empreendedora.
Nessa fase inicial, a empresa chegou a transacionar R$ 230 mil reais – mostrando que ali tinha uma oportunidade.
“Eu trabalhei um tempo no GuiaBolso e era evidente a quantidade de gastos conjuntos que as pessoas tinham no Brasil, então a oportunidade em resolver esse problema é gigante”, ressalta.
O protótipo deu certo e virou uma empresa, que hoje é a Noh. Em agosto deste ano, a fintech ultrapassou R$ 38 milhões transacionados pelo aplicativo desde o lançamento. Além disso, o app passou de 200 mil downloads.
A importância do empreendedorismo feminino
Ana faz parte de um grupo de mulheres empreendedoras que vem crescendo a cada dia. De acordo com uma pesquisa conduzida pelo Sebrae no ano passado, as mulheres estão desempenhando um papel cada vez mais importante no mundo dos negócios, representando 34% dos empreendedores no Brasil. Isto é, 10,3 milhões de empresárias em território brasileiro, um aumento de 30% em relação ao ano anterior.
Encorajar a empreendedora é uma jornada longa e muitas vezes difícil. Entre os principais desafios das mulheres quando o assunto é empreendedorismo, Ana destaca dois: rede de apoio e confiança.
“Os dois temas estão interligados. É imprescindível ter uma rede de apoio, pois a jornada é muito solitária e, se formada por outras mulheres, é mais incrível ainda pois compartilhamos das mesmas dores e temos mais facilidade em falar sobre nossas emoções e sentimentos”, conta.
Já em relação à confiança, a empreendedora destaca: “Eu percebo que nós, mulheres, ganhamos confiança conforme temos evidência de fatos, e o processo de criar evidências é moroso e lento. Então, vejo que esse é meu segundo maior desafio, como confiar mais e arriscar mais”.
E nas finanças?
Quando o assunto é dinheiro, Ana garante que em casa de ferreiro, o espeto não é de pau. “A Noh é a primeira conta compartilhada do Brasil e temos a missão de ajudar casais a falarem sobre e organizarem seu dinheiro. Aqui em casa, falamos de dinheiro desde o dia zero do nosso relacionamento, praticamente”, conta.
Ela destaca que sempre contou com o apoio do marido Felipe, tanto no emocional quanto no financeiro. “Não sei quando, nem se voltarei a ganhar o que eu ganhava antes disso, e, assim, nossas finanças são totalmente compartilhadas. Ele cuida dos investimentos junto a uma assessoria financeira, e temos nossos planos conjuntos de curto e médio prazo.”
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