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ESG: como funciona esse tipo de investimento?
Investir em ESG significa colocar dinheiro em empresas e ações dedicadas ao meio ambiente, em melhores níveis de governança e nos aspectos ligados a responsabilidade social. Segundo a Bloomberg Intelligence até o final de 2022 o volume dedicado a esse tipo de investimento deve atingir US$ 41 trilhões, até 2025 deve ultrapassar a US$ 50 trilhões.
É uma boa maneira de investir porque o investidor está dirigindo recursos que serão alocados em projetos e negócios bons para todos. São investimentos socialmente responsáveis que tendem a ter maior competividade no longo prazo. Permitem observação de uma melhor relação risco e retorno.
Uma outra qualidade interessante desse tipo de investimento é que as empresas com fortes valores ESG são mais propensas a atrair e reter os melhores talentos, particularmente os millennials que são muito preocupados em trabalhar em empresas que compartilham os seus ideais.
Estudos recentes mostram que o investimento em ESG traz impacto e pode trazer maiores retornos. A BlackRock, maior gestora de investimentos do mundo, toma decisões de investimento com base na sustentabilidade ambiental e provoca um impacto significativo no mercado, pois pressiona outros gestores de ativos a seguir seus passos.
Outra notícia que mostra a força desse mercado é a criação dos Principles for Responsible Investment (PRI), uma rede global independente de investidores apoiada pelas Nações Unidas, principal proponente mundial de investimento responsável.
O PRI foi lançado em abril de 2006 na Bolsa de Valores de Nova York, começou com 100 signatários e hoje tem mais de 4.000. Mas, por se tratar de um campo relativamente novo e com baixa regulamentação, sempre surge dúvidas sobre se todo esse volume de dinheiro efetivamente é aplicado. Há uma grande preocupação com a prática conhecida internacionalmente por greenwashing, que nada mais é do que propaganda enganosa do uso de práticas ESG.
Na busca de regulamentar essa indústria e dar maior garantia aos investidores, os organismos internacionais começaram a elaborar diretrizes aumentando o grau de conformidade do setor. Aqui no Brasil, desde janeiro de 2022, a Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) adotou novas regras para fundos ESG e criou o sufixo “IS” para sua identificação.
A maior regulação trará mais segurança ao investidor devido a maior transparência e uma gama maior de indicadores selecionados que devem ser observados. De qualquer forma o investidor deve estar atento e buscar todas as informações sobre os fundos em que pretende aplicar o seu dinheiro.
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